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Pastor comenta massacre de Orlando: “Tragédia é não terem morrido mais” (vídeo)

Roger Jimenez, um pastor da Califórnia, teceu considerações polémicas, perante uma congregação da Igreja Batista da Verdade. Qualificou o massacre de Orlando de “excelente”, disse que a cidade está “mais segura”. Com um discurso homofóbico, Jimenez disparou contra a comunidade LGBT e chocou o mundo, colocando os homossexuais e os pedófilos no mesmo nível. Atualização: o vídeo esteve publicado no YouTube, mas foi removido pela plataforma de vídeos, por “incitação ao ódio”.

Um massacre deveria fator de união e unanimidade, na hora de o condenar – pelo respeito pelas vítimas e como forma de prevenir ataques do género. Mas um pastor californiano não pensa desta maneira.

Roger Jimenez falava perante a congregação da Igreja Batista da Verdade, no passado domingo, e vangloriou-se pela morte de 50 homossexuais. Vangloriou-se é a palavra certa.

“Como cristãos, não devemos estar tristes ou preocupados com a morte de 50 sodomitas…”, afirmou, referindo-se às vítimas do bar gay de Orlando.

Baseando as suas teorias na Bíblia, o pastor Roger Jimenez defendeu que “todos os sodomitas são predadores”.

“Podem dizer-me: ‘Não é o que a sociedade pensa’. Está bem, mas é esta a palavra de Deus”, acrescentou.

E prosseguiu, no seu discurso de ódio contra a comunidade LGBT.

“É como se me perguntassem: ‘está feliz com a morte de 50 pedófilos?’. A resposta seria ‘acho excelente’. Acho que ajuda a sociedade. Acho que Orlando estará um pouco mais segura”.

“Eles são uns pervertidos perigosos. Não merecem misericórdia”, referiu, numa igreja que reagia, com gritos discretos de apoio àquelas palavras.

“Deus diz que eles merecem a pena de morte, pelo que fazem”. Jimenez não quer que as pessoas “peguem nas armas façam justiça pelas próprias mãos”. Quer que o governo o faça.

“Quem me dera que o governo os abatesse a todos e colocasse os gays contra uma parede, perante um pelotão de fuzilamento que lhes fizesse explodir os miolos”.

Roger Jimenez colocou os homossexuais no mesmo patamar que os pedófilos por diversas vezes.

“É natural que um ódio se apaixone por uma mulher, mesmo que não seja a sua mulher, mesmo que cometa adultério – e não estou a dizer que isto é correto. Mas não é natural que um homem se sinta atraído por outro homem, ou uma mulher sentir-se atraída por outra mulher, ou um adulto ser atraído por uma criança”, disse.

Segundo o pastor defendeu, este massacre vai ser usado para a luta da comunidade gay. “Estes eventos vão ser usados para criar um agenda. E nós temos de estar prontos para dar uma resposta”, afirmou, referindo-se à luta pela igualdade.

Recorde-se que 50 pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas, no massacre ocorrido no bar Pulse, frequentado por homossexuais.