O avançado Di Maria fez um gesto na zona genital quando ia sair do campo e enfrenta agora um processo disciplinar. Alguns dirigentes do Real Madrid consideraram o ato ofensivo. “Estava só a ajeitar-me”, defende-se o argentino.

Os golos que Cristiano Ronaldo dedicou a Eusébio não foram a única nota de realce no triunfo de ontem do Real Madrid sobre o Celta de Vigo (3-0). Um gesto do avançado Angelo Di María na zona genital, quando saía de campo (substituído por Gareth Bale), tornou-se polémico por coincidir com o momento em que o argentino estava a ser assobiado pelos adeptos.

O Real Madrid abriu um processo disciplinar, mas o avançado que representou o Benfica diz-se de consciência tranquila e acusa a imprensa espanhola de perseguição: “eu aguento os assobios, não fiz nenhum gesto para ninguém, estava só a ajeitar-me. Se fosse outro a fazê-lo passava ao lado, como fui eu virei capa dos jornais”.

“Querem por as pessoas e o clube contra mim, estão sempre à espera de algo para me enterrarem”, reforçou Di María, aludindo a outro argentino que passou pelo Real: “Higuaín fazia 20 ou 30 golos por época e estavam sempre a dizer que tinha de sair. Em junho, quando foi dito que me queriam vender, tive de falar com Cristiano para que não o fizessem”.

O avançado defendeu-se ainda com a presença de familiares no estádio, justificando que “não ia fazer algo desse estilo com eles lá”, e garante que recebeu solidariedade por parte dos colegas e do treinador. “Não vi nenhum gesto. Se o fez, para mim não se passa nada, foi um erro. Se contestou o público, então fez dois erros, mas a vida continua”, desdramatizou o técnico Carlo Ancelotti.

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