A comunicação social espanhola recebeu, do Ministério do Interior, uma nota sobre a detenção de pessoas ligadas a presos da ETA. Mas o comunicado foi difundido duas horas antes das detenções. A União de Guardas Civis fala em “erro monumental”, que permitiu a eliminação de prova.
O Ministério do Interior de Espanha divulgou um comunicado pela imprensa, onde anunciava a detenção de diversas pessoas, advogados e outras pessoas associadas a presos da ETA, no País Basco.
A nota de imprensa chegou à agência noticiosa EFE às 15h00 e difundiu-se pela Internet, em diversos órgãos de comunicação social. Acontece que as referidas detenções só vieram a suceder às 17h00.
Quarenta minutos depois de esta notícia ter sido divulgada, a mesma agência emitiu uma nota a anular a informação, alegando que tinha recebido esse pedido por parte do Ministério do Interior.
A operação resultou na detenção de oito pessoas, mas a verdade é que foi mediatizada antes de tempo, sendo que, de acordo com a União de Guardas Civis, foram perdidas provas essenciais, desde registos em papel ou eletrónicos, guardados em discos rígidos ou dispositivos móveis.
O caso pode gerar a abertura de uma investigação em Espanha, que os sindicatos da Guarda Civil e da polícia espanhola querem que seja aberta.
A União de Guardas Civis considera se trata de “erro monumental” e o Sindicato Unificado da Polícia também concorda com a abertura de um inquérito, o que já foi pedido ao juiz da Audiência Nacional. Apenas um terço das detenções foi realizado.
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