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Vídeo: Costa Concordia naufragou há dois anos, recordam os sobreviventes

costa concordia Há dois anos, um navio de cruzeiro afundou-se ao largo da ilha de Giglio, em Itália. Hoje, os sobreviventes do Costa Concordia evocaram o acidente e manifestaram-se junto ao tribunal onde o comandante Francesco Schetino está a ser julgado pelo naufrágio.

Há dois anos, o navio de cruzeiro Costa Concordia afundou-se ao largo da ilha de Giglio (Itália), provocando a morte de 39 pessoas e deixando duas desaparecidas. Os sobreviventes fizeram questão de lembrar o tempo decorrido e a falta de uma condenação judicial que apazigue a dor: Francesco Schettino, o comandante do paquete, é o único envolvido a enfrentar o tribunal.

“Há falta de segurança nestes navios”, acusa Massimiliano Gabrielli, advogado de alguns dos sobreviventes, citado pela ANSA: “este julgamento mostra que os sistemas de emergência que deveriam ter garantido a segurança dos passageiros não funcionaram”.

Os sobreviventes criticam que a empresa proprietária do navio tenha sido ‘castigada’ apenas com uma multa de um milhão de euros. A Costa Crociere, a maior operadora de cruzeiros da Europa, aceitou responsabilidades limitadas como entidade empregadora da tripulação do Costa Concordia.

Após o desastre, um acordo judicial permitiu a Roberto Ferrarini, dirgente da unidade de crise da empresa, e quatro membros da tripulação aceitarem penas suspensas de até 34 meses de prisão. O único elemento que pode ser ‘verdadeiramente’ condenado é Francesco Schettino, o comandante do navio acusado de homicídio por negligência e abandono do navio quando havia passageiros a aguardar pelo resgate.

“Expresso o meu profundo pesar e renovo a minha proximidade aos familiares das vítimas”, afirmou Schettino, numa mensagem em que expressou a “dor indelével” sentida no segundo aniversário do naufrágio: “junto-me ao silêncio comemorativo que se cumprirá hoje e que renova uma dor indelével para todos nós”.

O “comandante cobarde”, como é designado em Itália, foi autorizado pelo tribunal a não comparecer na audiência de hoje. Porém, no exterior do tribunal, em Grosseto, concentraram-se várias dezenas de sobreviventes  a manifestarem-se pela falta de responsabilização da empresa dona do Costa Concordia.

Pelas 20h45 em Portugal continental, a hora em foi registado o acidente, os barcos de pesca de Giglio farão soar as sirenes em memória das vítimas. Nessa noite de 13 de janeiro de 2012, o paquete terá embatido nas rochadas e virado parcialmente após uma alegada manobra de Schettino para “fazer uma saudação” aos residentes na ilha, de forma a impressionar os passageiros. A bordo estavam 4229 pessoas (incluindo a tripulação), oriundas de 70 países.

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