É o princípio do fim do Costa Concordia. O cruzeiro que naufragou junto à ilha de Giglio já está a caminho de Génova, levado por dois rebocadores, para ser desmantelado. É a última viagem de um navio onde morreram 32 pessoas, em janeiro de 2012.
O Costa Concordia iniciou hoje a última viagem: levado por dois rebocadores, vai flutuar até ao porto de Génova, onde será desmantelado.
O cruzeiro que naufragou junto à ilha de Giglio a 13 de janeiro de 2012, num acidente onde morreram 32 pessoas, deixou hoje a plataforma onde esteve apoiado durante meses, depois de uma complexa operação para reerguer o navio (terminada em setembro de 2013) e permitir que voltasse a flutuar.
O momento foi assinalado ruidosamente, com as igrejas da ilha a repicarem os sinos e outros navios a apitarem as sirenes.
Ao longo dos quatro dias (a duração prevista para o reboque), o Costa Concordia vai ter companhia. Várias embarcações estão a vigiar as águas, certificando-se de que o luxuoso cruzeiro, que naufragou e virou após bater num recife, não deixa para trás qualquer foco de poluição que atente contra os golfinhos que vivem na zona.
Quando chegar ao porto de Génova, a Costa Crociere SPA (empresa proprietária) vai dar início ao desmantelamento do paquete.
Nick Sloane, o técnico que coordena a operação de reboque, confessou aos jornalistas, antes de embarcar, o nervosismo inerente à última (e complexa) viagem do Costa Concordia.
A partida do cruzeiro vai permitir, por outro lado, que os mergulhadores regressem ao teatro de operações para procurar o corpo da única vítima mortal que continua desaparecida.
Em terra, mais precisamente na Toscana, vai prosseguindo o julgamento de Francesco Schettino, o capitão do navio que está acusado de homicídio múltiplo e de abandono do navio.
Na altura, foi divulgado um vídeo em que se vê Schettino, em cuecas, a abandonar o Costa Concordia, depois de ter dado ordens para que os passageiros permanecessem nas cabines.
https://www.youtube.com/watch?v=gOeVcvofuDs