Nas Notícias

Vídeo: Corona Party num bar gera revolta da Cruz Vermelha

Bar de Vila Maior promove festa com o Covid-19 como temática, distribuindo máscaras pelos participantes. Delegação da Cruz Vermelha manifesta revolta: “Fomos acionados para uma emergência pré-hospitalar num espaço público de diversão noturna. Durante a emergência fomos fotografados sem o conhecimento de tal situação”.

“Corona Party Sab 07 Março na Esplanada Bar 75 com o Dj Pedro Sousa, vamos oferecer máscaras à entrada para que estejas preparado para uma contaminação”.

Assim foi anunciado o evento, que decorreu no passado sábado, naquele bar de Vila Maior, em Santa Maria da Feira.

A festa noturna inspirou-se no Covid-19, pandemia que já matou mais de 4000 pessoas em todo o mundo e que suscita (além das naturais preocupações) medidas de contenção social, contrárias àquelas que foram praticadas no espaço de diversão.

Mas aquele evento do Esplanada Bar 75 registou um episódio paralelo. A delegação de Sanguedo da Cruz Vermelha revelou que nessa mesma noite foi acionada para uma emergência no local, sendo que foram feitas “fotografias da viatura e socorristas”, que foram “utilizadas para divulgação privada do evento ali decorrido”.

“No passado dia 07 de março fomos acionados para uma emergência pré-hospitalar num espaço público de diversão noturna. Durante a emergência fomos fotografados sem o conhecimento de tal situação! Neste espaço decorria uma festa alusiva ao Covid-19 e as fotografias da nossa viatura e socorristas foram utilizadas para divulgação privada do evento ali decorrido, sem qualquer conhecimento nosso de tal”, refere aquela delegação.

“O nosso dever ali foi cumprido, não existe nem existiu qualquer ligação ou conhecimento da nossa parte relativo àquele evento! Assim apelamos a toda a comunidade que denunciem esta situação!”, continua o mesmo comunicado.

A delegação de Sanguedo considera que “não é de todo ético esta utilização abusiva da imagem da Cruz Vermelha para fins comerciais de forma isenta e desautorizada”

E revela que “já foi solicitada a retirada das fotografias”.

Veja um vídeo da festa:


O número de pessoas infetadas desde dezembro pelo novo coronavírus no mundo aumentou para 125.293 e o número de mortes subiu para 4.600, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de hoje.

Citando fontes oficiais, a AFP refere que, no total, foram registadas em 115 países e territórios 1.192 contaminações e 34 novas mortes desde o último balanço, às 17:00 de quarta-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.793 casos, incluindo 3.169 mortes e 62.793 pessoas curadas. Entre as 17:00 de quarta-feira e as 09:00 de hoje foram anunciadas 15 novas infeções e 11 novas mortes no país.

Em outras partes do mundo, foram registados 44.500 casos (1.177 novos) até às 09:00 de hoje, incluindo 1.431 mortes (23 novas).

Os países mais afetados depois da China são Itália (12.462 casos, 827 mortes), Irão (9.000 casos, 354 mortes), Coreia do Sul (7.869 casos, incluindo 114 novos casos, 66 mortes) e França (2.281 casos, dos quais 497 novos, 48 óbitos).

Os Estados Unidos registaram, desde o anúncio de seu primeiro caso de contaminação em janeiro, 1.101 casos de infeção, incluindo 191 novos desde quarta-feira e 28 mortes no total.

Este país é o oitavo mais afetado em número de casos desde o início da pandemia e o 7.º em termos de número de mortes.

Desde as 17:00 de quarta-feira a China, a Coreia do Sul, França e Reino Unido registaram novas mortes. Cuba e Jamaica anunciaram o diagnóstico dos seus primeiros casos.

A Ásia registou um total de 90.765 casos (3.253 mortes), a Europa 22.969 casos (947 mortes), o Médio Oriente 9.880 casos (364 mortes), Estados Unidos e Canadá 1.194 casos (29 mortes) ), América Latina e Caraíbas 197 casos (duas mortes), Oceânia 155 casos (três mortes), África 130 casos (duas mortes).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou na quarta-feira o número de infetados, que são 59.

Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS declarou na quarta-feira a doença Covid-19 como pandemia. A OMS justifica a declaração de pandemia com “níveis alarmantes de propagação e de inação”.

Em destaque

Subir