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Vídeo: Chuva de aranhas deixa Goulburn envolta em teias

A pequena localidade de Goulburn, na Austrália, está novamente debaixo de um manto branco. Mas não caiu neve: mais uma vez, Goulburn presenciou uma chuva de aranhas. O fenómeno não é raro, mas nesta localidade atinge uma dimensão invulgar.

Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Mas a chuva não bate assim, nem é vento com certeza. Cai neve na Natureza, mas não em Goulburn, onde as teias de aranha caem do azul cinzento do céu, brancas e leves, brancas e frias…

Não consta que os australianos conheçam a balada da neve, da autoria de Augusto Gil, mas certamente que a pequena localidade de Goulburn preferia ver cair os flocos de neve à chuva de aranhas.

Sim, é verdade: chuva de aranhas e de teias, que deixam os campos e as construções debaixo de um manto branco. Os optimistas chamam-lhes “cabelos de anjo”, mas os pessimistas sabem que são aranhas e teias das mesmas.

“Estou a dez minutos de Goulburn e consigo perfeitamente ver centenas de aranhas pequeninas a flutuar nas teias e a minha casa está coberta por um manto branco”, descreveu um residente, Ian Watson, numa página comunitária.

Estes ‘flocos’ são conhecidos no meio científico pelo nome de ‘ballooning’, que descreve o fenómeno natural que serve de ‘boleia’ às aranhas. Os pequenos insetos aproveitam o baixo peso para ‘contornar’ a gravidade através da força do vento, como se voassem de balão.

“O ‘ballooning’ não é um comportamento tão invulgar como se possa pensar. Elas sobem a áreas altas e levantam os rabos para libertar a seda. Depois levantam voo. Isto acontece constantemente, nós é que não nos apercebemos”, ressalvou um aracnologista reformado, Rick Vetter, ao LiveScience.

O drama de quem mora em Goulburn é que, a certa altura do ano, há milhões de aranhas a adotar este comportamento.

“Por alguma razão, as condições meteorológicas favoráveis para isto são raras, mas quando são propícias todas elas começam a fazer isto”, adiantou Todd Blackledge, professor de biologia da Universidade de Akron, no Ohio (EUA).

Antes de levantarem voo, as aranhas ‘testam’ o ar lançando incontáveis fios. Estes são transportados pelo ar, vão-se agrupando em teias e acabam por pousar algures, criando um manto branco.

“Olhamos para o céu e vemos as teias a cair como se fossem flocos de neve. Os postes, as linhas de eletricidade e as casas ficam cobertas como se tivessem novelos de algodão”, descreveu outro morador, Keith Basterfield, ao Gouburn Post.

Todd Blackledge, o professor de biologia, aproveitou para tranquilizar os moradores: “Só uma quantidade muito, muito pequena de espécies é que têm um veneno perigoso para os humanos. E mesmo essas, por serem aranhas juvenis, são demasiado pequenas para conseguirem ferrar [as pessoas]. São aranhas ainda na infância”.

“O pior para mim é a barba”, lamentou-se Ian Watson: “Fico sempre com a barba cheia de teias de aranha”.

 

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