Com a Grécia como pano de fundo, a deputada do Bloco de Esquerda recordou Miguel Relvas e a Tecnoforma para retirar a Passos Coelho poder de argumentação. Veja o vídeo.

Catarina Martins foi a deputada que mais incómodo terá suscitado ao primeiro-ministro, no debate do Estado da Nação, nesta quarta-feira, na Assembleia da República.

A deputada do Bloco de Esquerda falou do aumento da dívida pública, do aumento do desemprego, da queda do PIB, da perda de apoios sociais, das privatizações, dos problemas da Educação e da Justiça.

Para a parlamentar, as privatizações realizadas durante a legislatura de Passos Coelho foram uma “venda de garagem” de um país “low-cost”.

“Nada marca tanto o Estado da Nação como ter transformado Portugal o país das compras low-cost e dos negócios milionários para finança internacional. As privatizações – que o Tribunal de Contas já denunciou como lesivas do interesse público, com o exemplo da única auditoria até agora – são a imagem da gigantesca venda de garagem em que este Governo transformou o país”, afirmou a bloquista.

Catarina Martins tentou retirar ‘legitimidade’ a Passos para criticar a Grécia, recorrendo à Tecnoforma e a Miguel Relvas, bem como ao passado profissional do líder do executivo.

“Um primeiro-ministro que na sua vida ativa ficou conhecido por formar técnicos de aeródromos que não existiam, com dinheiro europeu e com o amigo Relvas a assinar despachos do Governo, deveria ter mais cuidado antes de lançar acusações sobre os outros povos”, disse Catarina Martins, deputada do Bloco de Esquerda, naquela que terá sido a frase mais forte do dia.

Oiça a intervenção de Catarina Martins durante o debate sobre o Estado da Nação, na tarde de hoje.