Um canadiano foi preso por voar numa cadeira de jardim. Daniel Boria, de 26 anos, amarrou mais de 110 balões, cheios de hélio, e passeou pelo céu de Calgary. Quando aterrou, torceu um tornozelo e tinha à polícia à espera, que o deteve por comportamento negligente.

Daniel Boria, um canadiano de 26 anos, queria ter asas e poder voar, mas contentou-se com uma cadeira de jardim e balões cheios de hélio.

Proprietário de uma pequena empresa de produtos de limpeza, Boria amarrou mais de 110 balões a uma cadeira de jardim, numa medida de marketing no céu da cidade de Calgary (Canadá) que lhe custou 13.320 dólares: 20 dólares para a cadeira e o resto para o hélio (e uns trocos para os balões).

“Os ventos lá em cima estavam furiosos, eram tão fortes que me empurraram para baixo. Tive de saltar da cadeira e acabei por aterrar a uma milha de distância”, contou o aventureiro, que tem prática de paraquedismo.

“Não sei especificar qual a altitude que atingi, mas olhei para baixo e vi um [avião Boeing] 747, foi surreal. Foi o máximo, foi a coisa mais divertida que fiz na vida. Não vou esquecer o primeiro casal que sobrevoei, olhavam para mim em pânico com medo que caísse”, acrescentou Boria.

As autoridades é que não gostaram nada da brincadeira. Quando aterrou, para além de torcer um tornozelo, o ‘canadiano voador’ tinha a polícia à espera. Foi detido por comportamento negligente.

“A cadeira tinha de cair e havia a possibilidade de atingir uma pessoa, um veículo ou uma casa e provocar danos. Ele nem sequer tinha pensado nessas possibilidades”, adiantou o inspetor Kyle Grant.

Como a cadeira atingiu “a altitude de nuvens”, a agência que gere a navegação aérea no Canadá poderá avançar com mais queixas em tribunal.

“Ficaria mais barato alugar um painel publicitário”, antecipou o inspetor.

Daniel Boria foi ontem a libertado e saiu após pagar uma fiança de 1500 dólares e obrigação de não subir para além dos 300 metros de altitude.

O processo em tribunal está agendado para 13 de julho.