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Vídeo: Bolívia aprova lei para duplicar cultivo da coca e provoca EUA de Trump

A plantação legal de coca na Bolívia pode chegar a 22 mil hectares. A nova lei, ontem promulgada, é a resposta de Evo Morales à ‘proibição’ imposta pelos Estados Unidos.

Os EUA têm sido o principal opositor à legalização da folha de coca, defendida pela Bolívia como uma tradição ancestral, e a chegada da administração de Trump fez aumentar os receios de novas restrições por parte do resto do mundo.

Ontem, a Bolívia assinalou “um dia histórico”, com o Presidente a promulgar o diploma que praticamente duplica a área para o cultivo.

A plantação da coca pode agora ser feita em 22 mil hectares, quase duplicando o anterior limite de 12 mil.

Curiosamente, a primeira versão do diploma até definia uma área de 20 mil hectares, mas os protestos dos ‘cocaleros’ da região de Yungas levaram o Governo a juntar mais 2000 hectares.

É ainda de salientar que Evo Morales, agora Presidente da Bolívia, chegou a ser o representante sindical dos ‘cocaleros’.

A lei foi promulgada duas semanas após ter sido aprovada pelo Senado. “Um dia histórico” que terminou com “a lei maldita” da proibição, como destacou Cesar Cocarico, o ministro do Desenvolvimento Rural, numa referência à Lei 1008, “imposta” pelos EUA há 29 anos e que, pelo menos na teoria, ainda estava em vigor.

Alvaro Garcia Linera, o vice-presidente boliviano, aproveitou a ocasião para acusar a agência norte-americana USAID de promover a contestação, na Bolívia e no estrangeiro, à folha de coca.

Atualmente, só o Equador importa folha de coca da Bolívia.

Em defesa da planta, que é muito mais do que a base da cocaína (tem propriedades analgésicas e pode ser consumida, por exemplo, como chá), Evo Morales chegou a mascar folha de coca enquanto discursava (pela legalização) nas Nações Unidas.

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