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Vídeo: Bailarino do Bolshoi condenado por atacar diretor com ácido

dmitritchenko O bailarino Pavel Dmitritchenko, antigo solista da Bolshoi, foi condenado a seis anos de prisão pelo ataque com ácido sulfúrico ao diretor artístico da companhia, em janeiro, que deixou Serguei Filin quase cego e com queimaduras de terceiro grau no rosto.

Pavel Dmitritchenko foi hoje condenado, por um tribunal de Moscovo, a seis anos de prisão por ter planeado o ataque com ácido sulfúrico, perpetrado a 17 de janeiro, contra o diretor artístico da companhia de bailado Teatro Bolshoi, na Rússia. Yuri Zarutski, que executou o ataque, e Andrei Lipatov, que transportou Zarutski até ao local do crime, foram condenados a dez e a quatro anos de prisão.

A juíza Elena Maxima explicou que os três arguidos conspiraram contra Serguei Filin, que na sequência do ataque, realizado quando se aproximava de casa, no centro de Moscovo, sofreu queimaduras de terceiro grau no rosto e nos olhos, tendo ficado quase cego. O diretor artístico e coreógrafo já foi submetido a mais de 20 intervenções de tratamento numa clínica alemã.

O Ministério Público russo, que pediu nove anos de prisão para Pavel Dmitritchenko, acusou o antigo solista da companhia de ter orquestrado o ataque por Filin relegar Angelina Vorontsova, esposa de Dmitritchenko e também bailarina, para um plano secundário. Outros motivos invocados foram os problemas nas remunerações e na escolha dos intérpretes em várias produções.

O ataque, que chocou a opinião pública russa, serviu para desvendar os bastidores do Teatro Bolshoi, em especial os conflitos internos. Vários bailarinos, ouvidos durante o julgamento na qualidade de testemunhas, criticaram o diretor artístico e declararam que Filin “infernizava a vida” de Dmitrichenko.

O bailarino, na companhia desde 2002, assumiu a autoria moral do crime, mas negou ter pago a qualquer pessoa para o cometer. Não convenceu o tribunal e, além da prisão, foi ainda condenado (tal como os cúmplices) ao pagamento de 3,5 milhões de rublos (cerca de 80 mil euros) de indemnização por danos morais e materiais.

Serguei Filin retomou o trabalho em setembro, mas desde então que se faz acompanhar de um guarda-costas.

https://www.youtube.com/watch?v= SDBGsT_585I

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