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Vida de luxo de padre e do presidente da Casa do Gaiato de Lisboa investigada

Duas pessoas, entre as quais o presidente da Casa do Gaiato de Lisboa, foram constituídas arguidas, num caso de alegados desvios de verbas. Os dois são acusados de crimes de peculato e desvio de verbas, para compra de bens de luxo.

A Polícia Judiciária (PJ) constituiu dois arguidos, num caso que envolve também o presidente da Casa do Gaiato de Lisboa. O padre Arsénio Isidoro e outro arguido são acusados de peculato, alegado desvio de dinheiro de instituições de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

No âmbito da Operação Veritas, nesta quarta-feira, Inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ fizeram buscas naquela instituição, situada em Santo Antão do Tojal (Loures).

De acordo com o Diário de Notícias, que conseguiu informação junto de uma fonte policial, as suspeitas partiram de alguns sinais de riqueza que o Arsénio Isidoro ostentava.

Com verbas desviadas das instituições a que pertenceu, terá comprado carros e casas de luxo. As autoridades que lideram a investigação estão também a apurar de que forma era praticado o crime, sendo que há suspeitas de “uma contabilidade paralela”, segundo aquele diário.

Arsénio Isidoro declarava um ordenado de 700 euros, insuficiente para o nível de vida que apresentava – sobretudo as casas e os carros de alta cilindrada.

Ficou em liberdade, sendo identificado e constituído arguido. Já o outro arguido é um “dirigente de uma das cinco IPSS visadas”.

Entretanto, a direção da Casa do Gaiato de Lisboa já manifestou solidariedade para com o presidente da instituição, destacando a sua imagem de “generosidade”. Aquele órgão espera que a justiça “clarifique o manto de suspeição sobre ele levantado”.

“A direção da Casa do Gaiato manifesta a sua total confiança e solidariedade para com o presidente da direção, padre Arsénio Isidoro, reconhecendo a sua imagem de exemplo e generosidade, fazendo votos para que, rapidamente, a justiça clarifique o manto de suspeição sobre ele levantado”, pode ler-se num comunicado da direção da Casa do Gaiato de Lisboa.

A Operação Veritas começou em 2014 e investiga práticas em IPSS, para apurar eventual gestão danosa ou fraudulenta nestas entidades com utilidade pública.

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