É a história incrível de uma adolescente, que vive com dois corações no peito, depois de lhe ter sido detetada uma doença rara (anomalia de Ebstein), que quase lhe roubou a vida.
Victoria é uma menina brasileira, que tem apenas 13 anos, mas idade suficiente para um número impensável de paragens cardíacas: 70.
A morte parecia ser a sentença de uma criança que sempre sofreu problemas cardíacos. Mas com a ajuda de um coração transplantado, ligado ao seu, pôde fintar o destino.
Os problemas de Victoria começaram aos cinco meses de idade, quando um médico detetou um batimento cardíaco anormal.
De exame em exame, atinge-se o diagnóstico: a criança nascera com uma doença rara. A anomalia de Ebstein é um problema congênito numa válvula do coração, a tricúspida, responsável pela circulação do sangue para o ventrículo direito, antes de ser bombeado para o pulmão.
Os pais de Victoria repararam que a menina tinha grandes problemas físicos. Cansava-se com facilidade, em comparação com outras crianças da sua idade.
Há cerca de um ano, a menina piorou e teve de ser internada. Esteve 150 dias num hospital de São Paulo, 30 dos quais em coma.
Os médicos tinham pouca esperança e decidiram transplantar um coração novo, que iria apoiar o coração verdadeiro de Victoria.
E a menina vive com dois corações, um dos quais no lado direito, ambos ligados pelas artérias aortas e pulmonar. Se um falhar, o outro assume o papel de bombear o sangue.
O coração doado e transplantado serve de apoio, enquanto o outro recupera. Os médicos estão otimistas, sobretudo porque, depois de receber alta, há melhorias evidentes no coração que nasceu com Victoria.
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