Cinco euros por ação é o valor mínimo que o Estado pretende para vender os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. “É a única forma de evitar um desenlace muito negativo para os trabalhadores”, argumentou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
Cinco euros por ação, reservando cinco por cento do capital para os trabalhadores, é o valor mínimo com que o Estado pretende vender os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). A concretizar-se esta saída, serão quase 30 milhões de euros a entrar nas contas públicas, com a vantagem de manter a empresa em funcionamento.
“A privatização é a única forma de evitar um desenlace muito negativo para os trabalhadores e para a Viana do Castelo que seria o encerramento da empresa por falta de condições”, explicou Marques Guedes, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, ao apresentar a decisão tomada na reunião de hoje.
Em comunicado distribuído após o Conselho de Ministros, é ressalvado que cinco por cento do capital será reservado “para disponibilização aos trabalhadores mediante oferta pública de venda, a efetuar em momento posterior”.
O objetivo do Governo passa por concretizar a venda dos ENVC ainda este ano, de forma a que o montante mínimo de 29,8 milhões de euros sirva para abater o défice público, conforme o acordado com a troika. Ainda assim, Marques Guedes frisou que “não há calendários perentórios”, apesar da necessidade de redução da dívida pública.
