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Via Láctea tem agora um mapa “mais completo”

Uma equipa de astrónomos elaborou um mapa da Via Láctea que, segundo anunciaram, é “o maior e mais completo” feito até hoje. No ‘retrato’ da nossa galáxia estão também presentes as nuvens de gases que servem de pistas para o nascimento da “nova geração de estrelas”.

O Atlasgal, formado por três camadas de imagens, foi apresentado como o mais completo mapa da Via Láctea, a galáxia na qual o planeta Terra se encontra, e inclui as grandes nuvens de gases densos e frios responsáveis pela formação de estrelas.

Os principais contributos para o novo mapa da galáxia vieram do Apex, o telescópio que se encontra nas alturas do Chile (a 5100 metros de altitude), que obteve imagens com uma ampliação quase quatro vezes superior às anteriores.

Para além das imagens recolhidas pelo Apex, os cientistas do Atlasgal acrescentaram outras duas camadas, recolhidas pelos telescópios Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), e o Spitzer, da congénere norte-americana (NASA), sendo que estes dois telescópios se encontram na órbita da Terra.

A sobreposição das várias imagens num mapa único deu origem ao Atlasgal, que pode ser descarregado a partir do site da ESA.

Medições térmicas

Graças ao Apex, com 12 metros de comprimento e que ‘habita’ o planalto de Chajnantor há 10 anos, os cientistas conseguiram analisar o céu do hemisfério sul com uma radiação de frequência entre ondas de rádio e infravermelhas.

Estas medições eram filtradas por um termómetro ligado a quase 300 sensores, mantidos a uma temperatura próxima do zero absoluto (-273 graus Celsius), para que fossem detetadas as variações de temperatura no céu.

A vista a partir do hemisfério sul tornou-se mais importante porque permitiu ‘olhar’ para o centro da galáxia.

Os dados obtidos pelo Atlasgal encontram-se num vermelho mais escuro, os do Planck num vermelho mais claro e os do Spitzer em azul.

“O Atlasgal permitiu-nos observar de uma forma nova a densidade interestelar da nossa galáxia. Este novo mapeamento abre a possibilidade de estudarmos estes dados para novas descobertas”, antecipou Leonardo Testi, astrónomo do European Southern Observatory.

Desde a divulgação do mapa, cujas primeiras observações começaram a ser reveladas ainda em 2009, foram já publicados mais de 70 trabalhos científicos.

“O Atlasgal oferece pistas de onde a nova geração de estrelas e aglomerados de gases se vão formar”, salientou Timea Csengeri, do Instituto Max Planck para Radioastronomia (Alemanha).

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