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Veterinário municipal da Maia defende-se das acusações

croacm Fernando Rodrigues, veterinário municipal da Maia, publicou um comunicado no Facebook para responder a “questões relativamente ao que sucede no Centro de Recolha de Animais da Maia, antigamente conhecido como canil municipal”.

A “vigília pelos animais saudáveis abatidos no canil” da Maia, promovida na passada sexta-feira pelo PAN, teve hoje resposta por parte do veterinário municipal, Fernando Rodrigues.

Através do Facebook, o responsável pelo agora denominado Centro de Recolha de Animais da Maia (Croacm) sentiu-se no “direito de lançar também um comunicado em forma de resposta” às críticas, embora sem nomear os destinatários.

Com base na “atual legislação nacional (DL 315/03 e respetivas adendas)”, Fernando Rodrigues esclareceu as associações que sentiram ‘expulsas’ do antigo canil, referindo que a lei “não prevê que possa uma associação gerir um centro oficial de recolha de animais” e que “o trabalho associativo de realojamento e castração de animais também está previsto na lei, num local diferente do centro oficial”.

De acordo com o veterinário municipal, cada instituição tem uma função a cumprir. No caso do Croacm, os animais recolhidos que “não sejam reclamados pelos donos” podem ser reencaminhados para uma associação, evitando que sejam abatidos.

“A associação recolhe no seu espaço todos os animais se assim o desejar. Por isso, ao contrário do que tem sido dito, qualquer animal recolhido e não reclamado vai para adopção. Excetua-se apenas animais em sofrimento ou doentes, não havendo animais escondidos da associação. Ela é que nos deixou de visitar”, acusou Fernando Rodrigues.

No mesmo comunicado, o veterinário listou “uma série de irregularidades” que diz ter encontrado quando assumiu funções: “desde a sobrelotação do canil com mais de dois animais por jaula; animais que saíam do canil sem que fosse respeitado o período de espera previsto na lei; donos que eram insultados por quererem lá deixar o animal; (…) tratadores de animais que me pediram para diminuir o clima de terror e ostracismo que sentiam ao serem ‘mandados’ pela associação; uma colega veterinária que nada mais fazia que constantemente se justificar perante os voluntários, tendo estes assumido o papel de fiscalização; (…) voluntários dessa associação que permanentemente injuriavam nas redes sociais os funcionários, o veterinário de serviço e o executivo camarário”.

Garantindo cumpir a função “de forma desinteressada e sem ser remunerada”, o veterinário municipal sublinhou o “compromisso de repor a legalidade do Croacm” e lamentou encontrar “como principais obstáculos os antigos ‘voluntários’ que não vêem as melhorias introduzidas mas apenas e só acreditam que tudo estava bem”.

“Basta a uma associação incendiar um bocado as redes sociais e os insultos pessoais e críticas do mais baixo nível não tardam em aparecer”, concluiu.

O comunicado completo pode ser lido na página de Facebook do Croacm.

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