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Vespa asiática está sem controlo em Portugal, denuncia a Quercus

Portugal não está a controlar a vespa asiática. Segundo a Quercus, o alastramento da espécie já se faz sentir em cidades como o Porto. A situação está “descontrolada” e representa um prejuízo para a economia de cinco milhões de euros por ano, devido à redução na produção de mel.

Em declarações à Lusa, João Branco salienta que existem já “muitos milhares” de ninhos da vespa asiática, que se expandiu do noroeste do país para as regiões de Coimbra, Aveiro, Guarda, Leiria, Santarém, Castelo Branco e até (em casos pontuais) Alentejo.

 

O presidente da associação ambientalista admite que “talvez seja impossível erradicar a vespa asiática”, mas sublinha que é possível “reduzir muito a dimensão desta praga”, desde que haja “vontade política” e “investimento”.

O “Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal”, criado em 2015 e coordenado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária, “falhou em toda a linha”, apresentando resultados “dececionantes”.

A Quercus defende a existência de brigadas para procura ativa e a destruição correta dos ninhos de vespa asiática, em todo o país, num plano que inclua cidadãos “fortemente envolvidos” e associações de defesa do ambiente.

João Branco salienta também para a necessidade de proteção das espécies de vespas autóctones, cujos vespeiros estão a ser “destruídos em massa”, devido à falta de informação prestada às populações, o que pode causar desequilíbrios ecológicos que favoreçam a expansão da vespa asiática. É “muito importante” que existam ações de formação e divulgação sobre esta problemática junto das autarquias, bombeiros e cidadãos, insistiu.

“Se as pessoas não conhecerem bem a vespa asiática vão estar sempre a matar outras vespas, ajudando à sua proliferação, visto que esta vai ocupar os locais deixados “vagos” pela destruição de vespeiros das outras espécies”, explicou o dirigente.

Antes de se destruírem os ninhos de vespa, devem ser seguidas as indicações do ICNF para a mais correta atuação, podendo a deteção dos ninhos ser comunicada através dos ‘sites’ de associações de conservação da natureza, das autarquias e juntas de freguesia ou da linha de apoio SOS Ambiente (808 200 520).

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