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Vereadores do PSD “chocados” com dança “lasciva” em igreja de Leiria

A polémica com um espetáculo de dança moderna realizada na Igreja da Misericórdia – Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, foi discutida na reunião da Câmara desta semana. Os vereadores do PSD, Fernando Costa e Álvaro Madureira questionaram o executivo sobre a utilização daquele espaço para um espetáculo que consideram “impróprio e lascivo”.

A divulgação das fotografias sobre o espetáculo, inserido no âmbito do Metadança 2018, motivaram questões ao executivo sobre a cedência daquele espaço por parte da Diocese de Leiria, em 2014, para fins culturais.

De acordo com o jornal Regional de Leiria, o vereador Álvaro Madureira, referiu que “os jovens atuaram com vestimenta menos adequada para o local” quando questionou a maioria do PS na Câmara.

“As reações foram muito fortes nas redes sociais. É um lugar profano, mas que ainda tem os símbolos de uma religião e choca ver os jovens com vestimentas menos adequadas, em cima do altar, em posições que chocam para o contexto e para o espaço”, afirmou.

Fernando Costa, também vereador do PSD, afirmou sentir-se “ofendido” por a Igreja da Misericórdia ser tratada “como um palco qualquer, como se não tivesse uma igreja, como se não estivesse lá um altar e as imagens religiosas”.

“Fazer ali espetáculos que ofendam as tradições religiosas é inapropriado, inadmissível e tem o meu protesto veemente”, disse.

O vice-presidente da Câmara, Gonçalo Santos, respondeu dizendo que não receberam “nenhuma crítica até agora”. “O espetáculo é agora objeto destas críticas, eu respeito as críticas, como respeito o artista, e nunca poderia, nem eu nem a Câmara, antecipá-las”, afirmou, citado pelo jornal Regional de Leiria.

“Aqui houve um choque de ideologia como é óbvio, que respeito, porque isto incomoda e choca as pessoas. No entanto, o processo foi esclarecido com todas as partes envolvidas e considero o assunto encerrado”, acrescentou.

Para a Associação Cultural Metadança, responsável pela organização do espetáculo, “não houve nenhuma intenção de chocar qualquer tipo de religião”. Francisco Pedro, o orientador das residências artísticas do festival, considerou que se têm feito “interpretações erróneas”.

Veja uma das fotos que originou a polémica.

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