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Ventura finge tocar violino no Parlamento e ouve reprimenda de Delgado Alves

“Não toque o violino, senhor deputado. Degrada a instituição parlamentar e a si próprio”, reagiu Pedro Delgado Alves, lembrando que os deputados não estão “a fazer um pequenino circo para entretermos adeptos de futebol”.

Os deputados da Assembleia da Repúblicar discutiram a renovação do Estado de Emergência, nesta quinta-feira, num debate que ficou marcado por uma reprimenta ao deputado do Chega, André Ventura.

Na sua intervenção, Pedro Delgado Alves, parlamentar do PS, dirigiu-se a André Ventura, acusando-o de mentir, na questão da libertação de presos, durante o período de quarentena.

“A verdade é fundamental, neste momento. E não é repetindo mentiras que construímos solidariamente, e como comunidade, uma resposta à pandemia. Não é mentindo aos portugueses, falando em libertações de presos que não são reais, assustando as pessoas com o medo, dizer que se fecham as fronteiras a todos esquecendo que precisamos de abastecimento. É o inverso. É tratar os nossos concidadãos com igualdade”, defendeu.

Em reação a estas palavras, André Ventura simulou tocar violino, num gesto de desrespeito pela intervenção do socialista. Seguiu-se uma reprimenda.

“Não toque o violino, senhor deputado. Degrada a instituição parlamentar e a si próprio. Estamos a fazer um debate que nunca fizéramos na Democracia. Fazemos um debate sobre direitos fundamentais, sobre direitos dos cidadãos. Não apouque a a Constituição, porque é ela que protege o seu direito de estar aqui sentado e o seu direito de usar da palavra”, reagiu Pedro Delgado Alves, já sob um aplauso de alguns dos restantes parlamentares.

Delgado Alves não se ficou por aqui e fez um paralelo com os debates de futebol onde André Ventura participa.

“Não estamos num debate televisivo em que pode bater palminhas nas costas dos colegas no final, só porque estiveram a fazer um pequenino circo para entretermos adeptos de clubes de futebol. Não. Estamos na Assembleia da República, senhor deputado. Aqui, representamos os cidadãos, com seriedade, com verdade”, concluiu.

O debate desta tarde antecede uma comunicação do Presidente da República ao País, marcada para as 20h00 de hoje, depois da votação no Parlamento.

O chefe de Estado deverá anunciar a renovação do Estado de Emergência até ao dia 2 de maio.

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