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Ventilação não-invasiva aumenta sobrevida de doentes com DPOC

A ventilação não-invasiva em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é um dos temas em debate no Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que decorre entre 5 e 7 de novembro, em Albufeira.

No dia 5, às 14h30, decorre um simpósio que abordará este tipo de tratamento respondendo a questões como: a quem se dirige, quais os benefícios ou quando deve ser utilizado.

“A ventilação não-invasiva permite aumentar a sobrevida dos doentes com DPOC estável, melhorar a sua função pulmonar e qualidade de vida, daí a importância de abordarmos e debatermos este tema junto dos profissionais da classe”, comenta o pneumologista e orador no simpósio, João Carlos Winck.

Um estudo recente sugere um potencial impacto positivo da ventilação não-invasiva de longa duração na sobrevida global dos doentes, mostrando uma diminuição da mortalidade de 76 por cento nos doentes com DPOC grave.

“Verificámos que a ventilação invasiva, além de ser um procedimento intrusivo, está associada a complicações que podem comprometer significativamente a evolução clínica em casos graves, pelo que a ventilação não-invasiva, feita através do uso de máscara, torna-se adjuvante ao tratamento da DPOC com bastantes benefícios para estes doentes”, defende o especialista.

A ventilação não-invasiva, quando aplicada adequadamente à insuficiência respiratória aguda por DPOC, leva a uma redução da necessidade de intubação endotraqueal, da duração do internamento e uma maior sobrevida.

A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns, afetando 14 por cento da população portuguesa com mais de 40 anos.

As pessoas que vivem com a doença pulmonar obstrutiva crónica têm uma inadequada oxigenação do sangue, condicionando o normal funcionamento dos órgãos vitais como o cérebro, o coração, o fígado e o rim.

Trata-se de uma doença crónica e incapacitante que se carateriza pela falta de ar, tosse e aumento da produção de expectoração e que tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a nível pessoal, profissional, familiar e social.

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