Mais de 100 mil doentes com sida estão sem tratamento com antirretrovirais na Venezuela, denunciou na segunda–feira o médico Carlos Pérez, do Hospital José Gregório Hernández, em Cátia, Caracas.
Pérez sublinhou existir um défice de especialistas da doença e também da matéria prima usada pelos laboratórios para realizar o diagnóstico dos pacientes.
“Há um défice, não apenas de recursos, mas de médicos qualificados. Há um problema de laboratórios especializados para fazer o diagnóstico”, disse o médico, aos jornalistas.
Segundo Carlos Pérez, naquele hospital “fazem-se milagres com doses para dez dias em pacientes que estão realmente em estado grave”.
Para denunciar a situação, médicos e pacientes com sida vão realizar, a 18 de abril, uma marcha de protesto até ao Ministério da Saúde venezuelano.
“Pensamos também aproximar-nos ao palácio (presidencial) de Miraflores, com uma comissão de pacientes para procurar soluções no gabinete presidencial”, frisou.
Na Venezuela são cada vez mais frequente as queixas da população sobre dificuldades em conseguir medicamentos para algumas doenças, ao mesmo tempo que alguns medicamentos alcançam preços muito elevados em relação aos salários locais.
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