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Venezuela e Guiana em conflito por causa de petróleo em águas disputadas

Venezuela e Guiana trocaram hoje acusações sobre a interceção de navios ao serviço de uma petrolífera pela Marinha venezuelana em águas disputadas.

Segundo uma nota oficial da Marinha da Venezuela, foram intercetadas em “águas de jurisdição venezuelana” dois navios de exploração sísmica cujos capitães afirmaram ter autorização do governo da República de Guiana para ali estar.

Caracas argumenta que a localização dos navios corresponde à área de proteção marítima do delta do rio Orinoco e protestou quer junto das Nações Unidas quer numa mensagem ao governo guianês, a quem apelou para se “restabelecer o diálogo direto e respeitoso”.

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros guianês chamou à conduta da marinha venezuelana “um ato ilegal agressivo e hostil” que “mais uma vez demonstra a verdadeira ameaça ao desenvolvimento da economia de Guiana vinda do seu vizinho ocidental”.

A diplomacia guianesa vai também fazer queixa às Nações Unidas, argumentando que a interceção aconteceu em águas sob sua soberania.

Os dois navios foram contratados pela petrolífera ExxonMobil para fazer trabalho sísmico num bloco de exploração de petróleo ao largo da costa guianesa.

Um navio da marinha da Venezuela intercetou-os mas não os abordou.

A petrolífera afirmou ter suspendido alguns dos trabalhos no bloco que compreende 26.800 quilómetros quadrados de mar.

A Exxon começou a extrair petróleo na costa da Guiana em 2015 e desde então, o pequeno país de 750.000 habitantes vai a caminho de suplantar a Venezuela e o México, tornando-se o segundo maior produtor da América Latina, atrás do Brasil.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que a exploração pela petrolífera norte-americana é ilegal.

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