Pela segunda vez em poucos meses, um ‘apagão’ deixou metade da Venezuela sem eletricidade. O Presidente, Nicolás Maduro, explicou que o “estranho ‘apagão’ ocorreu no mesmo lugar da última sabotagem” e foi provocado pela “direita fascista”.

A Venezuela está com cerca de metade do território sem eletricidade por culpa da “direita fascista”, acusa o Presidente Nicolás Maduro. O ‘apagão’ registado às 20h10 de ontem (0h40 em Portugal continental) continua a ser solucionado, mas o chefe de Estado foi rápido a encontrar o responsável pelo “estranho” incidente.

“Estou em Miraflores, em equipa, a acompanhar o estranho apagão que ocorreu no mesmo lugar da última sabotagem. Peço ao povo para estar alerta”, afirmou Nicolás Maduro, através da conta na rede social Twitter. Mais tarde, no palácio de Miraflores, o chefe de Estado acusou a “direita fascista” pela “sabotagem do sistema elétrico: “não há razões para que tenha acontecido o ‘apagão’ de hoje. De maneira estranha, surpreendeu a todos os venezuelanos. São ataques ao serviço elétrico para desconetá-lo por dias”.

O “mesmo lugar” é a na subestação de La Arenosa, a 300 quilómetros da capital Caracas e que abastece as regiões central e ocidental da Venezuela. “Estamos a trabalhar para poder recuperar o sistema com a maior brevidade possível”, garantiu o ministro da Energia Elétrica, Jesse Chacón, citado pela televisão estatal. O governante salientou ainda que o fornecimento da capital ficou restabelecido em 80 por cento em menos de uma hora.

Foi na mesma subestação que, em setembro, uma outra falha provocou um ‘apagão’. A falta de energia elétrica ontem à noite impediu que o Presidente realizasse a habitual mensagem ao país. Na capital, o corte de energia obrigou o metro a suspender o serviço, mas os efeitos foram mais sentidos nos estados de Vargas, Aragua, Miranda, Mérida, Lara, Zúlia, Carabobo, Falcón, Yaracuy, Guárico, Portuguesa, Barinas, Apure e Trujillo.