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Vendas de bacalhau podem superar seis mil toneladas no Natal

As vendas de bacalhau podem superar as seis mil toneladas em dezembro, apesar de alguma retração no consumo por parte das famílias, compensada pela indústria hoteleira e pelo Turismo, disse à Lusa a Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB).

“O Natal é tradicionalmente uma época importante para as vendas anuais do bacalhau, pelo que se esperam vendas em dezembro superiores às seis mil toneladas”, disse a AIB, numa nota enviada à Lusa.

No entanto, de acordo com a associação, a matéria-prima sofreu subidas de preço ao longo deste ano, nomeadamente, nos calibres crescido, graúdo e especial, devido à “competição mundial”.

Face a isto, é esperada “alguma retração no consumo, sobretudo ao nível das famílias”.

Por outro lado, a “dinâmica que se vive no canal da hotelaria e restauração”, potenciada pelo Turismo, vai, “seguramente, atenuar ou mesmo compensar alguma contração que possa existir do lado das famílias”.

De acordo com os dados enviados à Lusa pelo Conselho Norueguês da Pesca (NSC, na sigla em inglês), o mercado português é o que mais consome bacalhau salgado no mundo, o equivalente a 20 por cento de todo o bacalhau capturado a nível mundial.

“Portugal é o principal cliente do bacalhau norueguês e, sem dúvida, um mercado-chave para a Noruega”, garantiu o NSC.

Em Portugal são consumidas cerca de 70 mil toneladas de bacalhau salgado por ano, sendo que cerca de 70 por cento do pescado consumido é norueguês.

“O bacalhau salgado seco continua a ser a forma de apresentação com maior quota de mercado, no entanto, o bacalhau demolhado ultracongelado tem vindo a aumentar o seu peso nas vendas de bacalhau no mercado doméstico […]. Portugal é o único país da Europa que consome mais bacalhau do que salmão”, indicou o Conselho Norueguês da Pesca, sem avançar números.

A Associação dos Industriais do Bacalhau é constituída por sete empresas e tem como objetivo promover o desenvolvimento do setor, das empresas e prestar informação sobre as diversas matérias inerentes à atividade.

Por sua vez, o NSC é uma empresa pública subordinada ao Ministério da Pesca e Assuntos Costeiros, que tem como prioridade promover os produtos do mar da Noruega.

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