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Vendas de automóveis na China recuam em janeiro pelo oitavo mês consecutivo

As vendas de automóveis na China caíram pelo oitavo mês consecutivo, em janeiro passado, ilustrando a tendência de desaceleração na economia chinesa, agravada pelo espoletar de disputas comerciais com os Estados Unidos.

Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as vendas registaram uma queda homóloga de 15,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 2,4 milhões de veículos.

O abrandamento do maior mercado automóvel do mundo é um retrocesso para as principais construtoras do setor, que anunciaram planos de milhares de milhões de euros, visando cumprir com as metas do Governo chinês para o desenvolvimento de veículos elétricos.

Em 2018, as vendas de automóveis na China caíram 5,8 por cento, para 22,35 milhões de veículos, no primeiro declínio anual desde 1990, coincidindo com outros indicadores negativos da economia chinesa.

Em janeiro, as marcas chinesas foram as mais penalizadas: as vendas caíram 22 por cento, para 832.000 veículos, resultando numa redução da quota no mercado de 2,4 por cento, para 41,2 por cento.

As compras de veículos elétricos e híbridos, que Pequim tem incentivado com subsídios, aumentaram 138 por cento, em relação ao ano anterior, para 96.000 unidades.

Mas as vendas de SUVs diminuíram 19 por cento, para 878.900 unidades.

A construtora alemã Volkswagen AG informou que as vendas caíram 2,9 por cento, para 387,3 mil unidades. A BMW AG informou que as vendas de veículos da marca BMW e MINI subiram 15,5 por cento, para 63.135.

A japonesa Nissan Motor Co. registou uma queda das vendas de 0,8 por cento, para 133.934 unidades.

A economia da China, a segunda maior do mundo, cresceu 6,6 por cento, em 2018, ou seja, ao ritmo mais lento dos últimos 28 anos.

A atividade económica permaneceu robusta durante a maior parte do ano, apesar de a guerra comercial que espoletou, no verão passado, com Washington, e suscitada pelas ambições chinesas para o setor tecnológico.

No entanto, as exportações caíram em dezembro, refletindo os efeitos da entrada em vigor de uma segunda ronda de taxas alfandegárias nos Estados Unidos, sobre cerca de 200.000 milhões de dólares de bens oriundos da China.

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