O caso Banif continua a suscitar mais dúvidas do que respostas. O Parlamento quer voltar a ouvir o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o ministro das Finanças, Mário Centeno. Também Vítor Constâncio terá de se explicar, numa audição marcada para 27 de abril.

A comissão de inquérito ao Banif continua sem ter informações que permitam chegar a uma conclusão sobre o que realmente aconteceu ao banco. Os deputados, que já tinham ouvido as explicações de Carlos Costa e de Mário Centeno, têm mais perguntas para fazer ao governador do Banco de Portugal e ao ministro das Finanças.

O Parlamento tinha agendado as novas audições para terça-feira, logo após o feriado do 25 de Abril, mas afinal ainda não há data. Carlos Costa e Mário Centeno têm “prioridade” sobre os outros responsáveis com audições marcadas, como revelou o deputado António Filipe, o que vai obrigar a mexer em praticamente toda a agenda.

“O interesse da comissão é que estas duas audições sejam realizadas com prejuízo das que já estão programadas e que sejam as próximas audições a realizar-se na comissão de inquérito”, salientou o deputado que preside à comissão de inquérito, ainda antes de se saber do adiamento: “Vamos propor que o governador possa ser ouvido na terça de manhã e o ministro das Finanças na terça-feira à tarde”.

Confirmada está, apesar das mudanças na agenda, a audição do anterior governador do Banco de Portugal. Vítor Constâncio, agora vice-governador do Banco Central Europeu, presta explicações no dia 27, por videoconferência.