Economia

Venda de filiais da CGD em Espanha e África do Sul gera mais-valias de 200 milhões

A venda das filiais da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Espanha e na África do Sul vai gerar mais-valias de 200 milhões de euros e aumentar os fundos próprios do banco em um ponto percentual, anunciou hoje a instituição.

“Quanto ao impacto no capital da CGD, a alienação deverá significar um aumento superior a um ponto percentual nos fundos próprios da CGD, resultantes da conjugação da mais-valia gerada e da diminuição dos ativos ponderados pelo risco”, refere a CGD num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Ainda assim, acrescenta, “a alienação representa uma perda face ao valor bruto das participações”.

A CGD anunciou na quinta-feira que a venda das participações de 100 por cento que detém no capital social da sul-africana Mercantile Bank Holdings Limited e de 99,79 por cento no capital social do espanhol Banco Caixa Geral permitirão um encaixe de 565 milhões de euros.

No comunicado então divulgado, a instituição referiu que “a participação na Mercantile Bank Holdings será alienada por um preço global de 3.200 milhões de rands sul-africanos, cerca de 201 milhões de euros (considerando uma taxa de câmbio EUR/ZAR de 15,9) e a participação no Banco Caixa Geral S.A. será alienado por um preço global de 364 milhões de euros”.

Estes preços, nota a CGD, “estão sujeitos a ajustamentos decorrentes da variação patrimonial da Mercantile Bank Holdings Limited e do Banco Caixa Geral, S.A., respetivamente, entre a data de referência estabelecida nos acordos de venda direta e o último dia do segundo mês anterior à respetiva data da sua efetiva alienação, pelo que o impacto total da operação poderá diferir dos valores mencionados”.

Ambos os negócios estão dependentes de aprovação pelas autoridades locais de cada país onde as entidades estão sediadas, respetivamente África do Sul e Espanha.

No comunicado divulgado na quinta-feira, a CGD adiantou que, além dos contratos de compra e venda, serão celebrados acordos de cooperação entre a CGD e o Capitec Bank Limited e entre a Caixa e a Abanca Corporación Bancária “que permitirão continuar a dar apoio aos clientes” da instituição bancária portuguesa que residem ou operam naqueles mercados.

Estes negócios “enquadram-se na execução do plano de capitalização da CGD que prevê, entre outras medidas, a racionalização e maior foco da estrutura internacional do grupo CGD”, permitindo assim “uma libertação de capital e redução do seu perfil de risco”.

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