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Venda de antibióticos sem receita preocupa

As entidades de saúde mostram-se preocupadas com a venda de antibióticos sem receita médica – um ato que é ilegal, visto ser obrigatório que este tipo de medicamento seja prescrito por um médico. As consequências deste ato, como por exemplo a possibilidade das bactérias serem multirresistentes, está a gerar preocupação entre os médicos.

Maria do Rosário Rodrigues, diretora do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e da Resistência aos Antimicrobianos, sublinha que “a venda com receita médica é o que está na lei… mas às vezes sabemos que aquilo que está na lei não é a regra e há mesmo alguns antibióticos mais simples que se vendem em supermercados”.

À TSF, esta especialista mostra-se preocupada com o comportamento das farmácias.

“Há farmácias que cedem o antibiótico porque conhecem o doente. Sabemos que há fugas a estas regras e isso é que determina muito do mau uso de antibióticos.”

Perante este cenário, as entidades de saúde alertam para a possibilidade dos vírus ficaram resistentes aos antibióticos.

Além disso, de acordo com o que se pode ler na TSF, “é normal que os médicos se sintam pressionados a passar antibióticos por tudo e por nada, sentindo-se mais seguros se o fizerem, mesmo que não seja preciso”.

E não é só, diz Maria do Rosário Rodrigues, que recorda a missão dos antibióticos.

“São medicamentos destinados ao tratamento de infeções causadas por bactérias, não atuando sobre infeções causadas por vírus, como é o caso das constipações e gripe”, revela diretora do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e da Resistência aos Antimicrobianos, em declarações à TSF.

A finalizar, mostra-se ainda preocupada com o facto de, apesar da população estar cada vez mais informada, pelas mais variadas razões, “Portugal continua a ser dos países europeus onde mais se usam antibióticos e onde menos conhecimentos se tem sobre a sua utilização”.

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