Nas Notícias

Vêm aí os russos: Até Portugal participa na caça aos aviões

aguiar branco O que andam a fazer os russos? Dois bombardeiros foram detetados no espaço aéreo português, onde foram escoltados por caças da Força Aérea. A NATO revela ter conhecimento de “manobras aéreas incomuns”, em “grande escala”, nos mares Báltico, do Norte e Negro.

A frase mais temida na era da ‘guerra fria’ tem sido proferida nos últimos dois dias: vêm aí os russos!

Ontem, dois bombardeiros Tupolev-95 foram detetados a atravessar o oceano Atlântico, rumo a uma zona do espaço aéreo português.

Alertada pela congénere britânica, a Força Aérea Portuguesa fez levantar de imediato os F-16 que estão “em prontidão na Base de Monte Real”, como esclareceu o ministro da Defesa, Aguiar-Branco.

A NATO “detetou e controlou quatro grupos de aviões militares russos a realizarem manobras militares significativas no espaço aéreo europeu” nos últimos dois dias, avançava ontem a AFP.

O grupo que mereceu mais atenção foi detetado a voar em formação rumo ao Atlântico. A Noruega foi o primeiro país a mobilizar meios para escoltar os quatro bombardeiros e quatros aviões de reabastecimento que compunham essa formação.

Com essa aproximação, seis dos aviões alteraram as rotas, mas os dois bombardeiros Tupolev-95 mudaram o curso e entraram em espaço aéreo britânico.

Os caças do Reino Unidos acompanharem as duas aeronaves até à ‘passagem de testemunho’ à Força Aérea Portuguesa.

São “manobras aéreas incomuns” e em “grande escala” da aviação militar russa no espaço aéreo europeu, o que está a causar apreensão junto da NATO.

Os aviões nunca apresentaram planos de voo, não estabeleceram contacto com as autoridades de aviação civil e nem sequer responderam a pedidos de comunicação, o que “representa um risco potencial para os voos civis”, segundo a NATO.

Para além dos mares Báltico e do Norte, a Rússia também sobrevoou o mar Negro. Eram quatro aviões, incluindo dois bombardeiros, o que levou a Turquia a também mobilizar meios para escoltar o grupo russo.

Na terça-feira, foram os caças alemães a levantar voo para escoltar sete aviões militares da Rússia sobre o mar Báltico.

José Pedro Aguiar-Branco complementou que os aviões russos “não estavam a fazer a sua circulação nas condições necessárias em termos de tráfego aéreo internacional”, assegurando que a situação será “objeto de avaliação por parte da NATO”.

Nas contas da organização, foram intercetados mais de 20 aviões russos no espaço internacional de oito países.

Em destaque

Subir