O Maglev tornou-se no primeiro comboio a atingir os 590 quilómetros por hora, na passada quinta-feira. Ontem, o mesmo comboio, de fabrico japonês e que funciona por levitação magnética, rebentou com o próprio recorde de velocidade: atingiu o impressionante pico de 603 quilómetros por hora.

É um bocado difícil ver passar os comboios quando em causa está o Maglev, a composição japonesa que bateu dois recordes de velocidade em menos de uma semana.

Na passada quinta-feira, o comboio da Central Japan Railway tinha estabelecido a marca mais rápida até ao momento, quando circulou a 590 quilómetros por hora.

Ontem, o Maglev superou essa marca e a impensável barreira dos 600 km/h ao atingir um pico de velocidade de 603 quilómetros por hora, numa viagem experimental realizada nos 42 quilómetros de extensão da via entre Yamanashi e Tóquio.

Estas velocidades só são possíveis de atingir porque o comboio funciona à base da levitação magnética.

Através de motores lineares instalados perto dos carris (que sustentam o campo magnético), o sistema eleva a composição até cerca de dez centímetros acima dos carris.

Assim, o ar passa a ser o único elemento de atrito, uma vez que o comboio não tem qualquer contacto com o solo.

O Maglev foi projetado para servir as linhas interurbanas entre Tóquio e Nagoya, mas só a partir de 2027.

É que em causa está uma distância de 286 quilómetros para cumprir em cerca de 40 minutos, menos de metade dos 88 que demora o ‘comboio bala’, o Shinkansen.

De acordo com a Central Japan Railway, o Maglev deverá ter uma velocidade operacional máxima a rondar os 500 quilómetros por hora, que poderá aumentar numa segunda fase.

A partir de 2045, o comboio deverá também servir as linhas interurbanas entre Nagoya e Osaka.