Ciência

Veja a ‘Messenger’, a sonda da NASA, a chocar contra Mercúrio e ‘morrer’

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Quem tiver internet pode assistir à ‘morte’ de uma sonda da NASA em direto. A ‘Messenger’, que desde 2011 está a recolher informação de Mercúrio, ficou sem combustível. Pelas 20h30, vai chocar contra a superfície do planeta mais próximo do Sol: e não resistir ao embate.

Quando forem 20h30 em Portugal continental, a NASA vai dizer adeus à ‘Messenger’, a sonda que desde 2011 nos tem enviado informação sobre Mercúrio.

A Associação Astronómica Norte-americana (AAS, na sigla inglesa) revelou que a sonda ficou combustível e, atraída pela força da gravidade, vai chocar com violência contra a superfície do planeta mais próximo do Sol.

A ‘Messenger’, que pesa cerca de meia tonelada, está a ser ‘puxada’ pela gravidade a uma velocidade de 14.000 quilómetros por hora.

O impacto não será diretamente visível, uma vez que vai ocorrer nas ‘costas’ de Mercúrio, quando visto da Terra. No entanto, a agêncial espacial norte-americana disponibiliza um link – disponível aqui – para que os internautas possam acompanhar os últimos instantes da missão.

Uma missão que começou em agosto de 2004, quando a sonda deu início a uma viagem que já acumula 7900 milhões de quilómetros.

Nesta longa aventura, a ‘Messenger’ completou 15 voltas em torno do Sol, uma passagem pela Terra, duas por Vénus e três por Mercúrio, o planeta que tem vindo a orbitar desde março de 2011.

Do planeta mais próximo do Sol (e que fica a 77 milhões de quilómetros da Terra) a sonda mandou-nos mais de 250 mil fotografias, 100 vezes mais do que previsto, o que permitiu aos cientistas mapear Mercúrio com um detalhe nunca antes alcançado.

A NASA conseguiu ainda recolher muita informação sobre a gravidade e o campo magnético de um planeta que contém água na exosfera (algo que também era desconhecida antes da missão que está a horas de terminar) e um histórico de atividade vulcânica.

Ainda de acordo com as previsões da AAS, a ‘Messenger’ vai deixar uma marca em Mercúrio: o choque contra a superfície deve provocar uma cratera com pelo menos 15 metros de diâmetro.

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