O Vaticano reconheceu a utilização de biografias publicadas no site Wikipédia, relativas a 22 novos cardeais. O material – que segundo as regras daquele site é criado pelos próprios utilizadores – foi copiado e posteriormente enviado aos jornalistas.

Em vez de conteúdos originais, o Vaticano forneceu aos jornalistas material publicado no site Wikipédia, que permite aos utilizadores produzirem textos. A cópia das biografias foi feita a partir da versão italiana, segundo reconhece o Vaticano.

E foi precisamente um jornalista italiano que detetou semelhanças entre os textos cedidos pelo Vaticano e aqueles que estavam publicados no Wikipédia. Depois de notar essas parecenças, decidiu visitar este site e pôde constatar que foi realizada uma cópia.

O Vaticano refere, no entanto, que aqueles textos servem de ferramenta de trabalho aos jornalistas e não são biografias consideradas oficiais. Trata-se de textos sobre 22 novos cardeais, anunciados pelo Papa Bento XVI no passado dia 6 de janeiro.

Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, alega que a cópia das biografias foi feita porque não havia tempo para criar novos textos. Entretanto, a Santa Sé está a proceder à publicação de biografias oficiais.

Esta história não tem semelhanças com uma história descoberta recentemente, mas remete-nos para a mesma: uma igreja chamada ‘Missionary Church of Kopimism’ defende que copiar ficheiros, mesmo que ilegalmente, é um ato sagrado… Conheça a história.