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Vários feridos ligeiros em alegado ataque a caravana da AMP em Timor-Leste

Várias pessoas ficaram ligeiramente feridas quando militantes da coligação da oposição, a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), foram alegadamente atacados quando regressavam de uma ação de campanha no leste do país.

Fonte da AMP disse à Lusa que uma coluna de militantes do partido que regressava de um comício em Uatolari (município de Viqueque, a sudeste de Díli) foi “atacada por militantes” da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

“A informação é de que várias pessoas ficaram feridas. Foram atingidas com pedras. Há pelo menos dois carros com vidros partidos”, explicou uma fonte da coligação, que está a realizar este fim de semana várias ações de campanha na zona leste do país.

Segundo a coligação, que lamenta o que diz ser o “comportamento antidemocrático” dos militantes da Fretilin, os feridos incluem oito pessoas da aldeia de Babulo, dois de Vesoru e seis de Afalokai.

A campanha para as eleições legislativas antecipadas do próximo sábado termina no dia 10 de maio.

Julio Hornay, comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), desdramatizou o incidente explicando que se tratou de “um grupo de crianças e jovens” que lançaram pedras, com fisgas, contra os militantes da AMP.

“As crianças atiraram com fisgas e acertaram alguns militantes depois da campanha. A polícia interveio de imediato e acabou a coisa. Ficou tudo controlado”, disse à Lusa.

“Falei logo com o comandante do município assim que soubemos da situação e ele confirmou que está tudo calmo”, explicou.

José Somotxo, ministro da Defesa e Segurança, disse à Lusa ter confirmado a mesma informação, explicando que não se tratou de um incidente grave.

“A polícia interveio e a situação voltou à normalidade”, explicou.

Confrontado com a acusação da AMP, José Reis, secretário-geral adjunto da Fretilin, disse à Lusa que as informações confirmavam o incidente, mas considerou que os militantes do seu partido tinham “reagido a provocações” de alguns militantes da AMP.

“Quando vinham na desmobilização da campanha passaram por uma zona onde estavam concentrados alguns militantes da Fretilin. Começaram a gozar e a provocar e alguns responderam”, explicou à Lusa.

“Cabe agora à polícia investigar os incidentes e tomar medidas que tenham que ser tomadas. Não temos ainda informação detalhada sobre tudo o que aconteceu”, disse.

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