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Vampiro fica curado após tratamento psiquiátrico e abandona o hábito de beber sangue

“Não é a primeira pessoa com um comportamento de consumo de sangue da qual se tem notícia na literatura, mas é o primeiro com um transtorno de identidade dissociativo e comportamento de consumo de sangue”, salientou o médico Direnc Sakarya, citado pela agência Efe.

Sakarya integra a equipa de psicólogos que conseguiu curar o jovem, conhecido como “o primeiro vampiro turco” depois dos media terem relatados os “três factos sangrentos que o transformaram em vampiro”. “Ele tinha prazer com o cheiro e o sabor do sangue, apesar de saber que era uma parvoíce”, relatava um artigo publicado na revista Journal of Psychotherapy and Psychosomatics em agosto de 2012.

Compulsão “urgente”

“Era um homem casado de 23 anos. Vinha com um histórico de cortes com uma lâmina de barbear nos próprios braços, peito e barriga para deixar cair o sangue num copo e bebê-lo. Quando experimentava uma compulsão por beber sangue ‘tão urgente quanto respirar’ recorria a outras fontes”, complementou Sakarya, citado nesse artigo. No cadastro constam ocorrências em que o vampiro foi detido por ferir ou morder outras pessoas a fim de beber o sangue, bem como as instruções para o pai ir buscar bolsas de reservas aos bancos de sangue.

O diagnóstico de “vampirismo” ocorreu ainda em 2011, dois anos depois do turco ter passado a beber sangue. Possuía ainda um “transtorno de identidade dissociativo” e um “transtorno por stresse pós-traumático”, bem como uma depressão crônica e problemas com o álcool.

O vampirismo foi espoletado por “eventos traumáticos do passado”, pois o jovem enfrentou “muitos problemas”, contou o psicólogo: presenciou a morte da filha, com quatro meses, o assassinato de um tio e uma outra morte violenta.

“O paciente beneficiou do nosso tratamento no momento. O hábito de beber sangue não era uma dependência, era o resultado de problemas psicológicos que estavam no fundo. Centrámo-nos nesse transtorno básico e a conduta de beber sangue acabou”, revelou Sakarya.

O tratamento durou cinco semanas e envolveu entrevistas de apoio e medicação. Os transtornos dissociativos continuam por resolver, mas o hábito de beber sangue (e ter prazer no ato) foi curado.

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