A expressão “gritar por socorro” deixa de fazer sentido, graças ao SOS Phone, uma aplicação para smartphone que dois professores e duas alunas da UTAD desenvolveram. O software – que permite pedir ajuda em situações de emergência sem recurso à voz, ou através de um telefonema – será apresentado amanhã, dia 2 de julho, no Centro Comercial Dolce Vita Douro, a partir das 10h00 e até às 23h00.
Um exemplo prático é a melhor forma de explicar como funciona a aplicação: uma pessoa com problemas cardíacos sente-se mal e encontra-se sozinha, com dificuldades de comunicar. Recorrendo a um smartphone, bastará abrir a aplicação SOS Phone, selecionar a área cardíaca e descrever de forma resumida o seu estado.
A partir daqui, o SOS Phone faz o resto: envia a informação para uma central, que por sua vez acede aos dados descritos, toma conhecimento do estado do doente e, também graças à aplicação, tem acesso às suas coordenadas geográficas. Com toda a informação reunida, envia uma equipa de socorristas.
A aplicação tem como finalidade facilitar o processo de pedido de socorro, em qualquer tipo de situação que exija esta ajuda. O SOS Phone aumenta a rapidez de envio de um pedido de socorro, garante a veracidade da emergência e evita questionários telefónicos que se exigem, no método tradicional.
Os falsos pedidos de socorro são desde logo eliminados. Quem quiser utilizar a aplicação estará sujeito a um pré-registo. Não será, deste modo, possível enviar pedidos de ajuda anónimos. Sem pré-registo, o software de emergência não fica acessível.
O SOS Phone (desenvolvido por Benjamim Fonseca, docente no Departamento de Engenharias, o investigador Hugo Paredes e duas alunas de Engenharia Biomédica: Tânia Pereira e Miriam Cabo, em Vila Real, na UTAD, Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) dispensa chamadas telefónicas, ou envio de mensagens.
Evita os tempos de espera – que são excessivamente longos para quem necessita de assistência – e agiliza o processo de pedido de socorro. Quanto tempo será necessário para que o processo de pedido de socorro fique concluído? Por via de chamada telefónica tradicional, há que cumprir formalidades e responder a um questionário. Uma eternidade, para quem precisa de socorro. Com o SOS Phone da UTAD, bastará entre um a dois minutos, no máximo.
Outra vantagem desta aplicação é o facto de eliminar qualquer barreira a pessoas com surdez e que, em situação de falência de saúde parcial, tenham dificuldades em comunicar e relatar, por exemplo, o seu estado ou localização geográfica.
Neste sábado, no Dolce Vita Douro, a aplicação será apresentada, ao longo do dia, a partir das 10h00 e até às 23h00. O software será testado, com simulações que pretendem explicar a aplicação de uma forma prática.