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O uso de antibióticos é excessivo e ainda há muita ignorância, diz a OMS

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O aumento da resistência aos antibióticos não é só “um imenso perigo para a saúde mundial”, como refere a Organização Mundial da Saúde (OMS). A União Europeia (UE) olhou para os custos financeiros, superiores a 1500 milhões de euros, e quer desenvolver terapêuticas alternativas.

Horas depois do alerta de Margaret Chan, a diretora geral da OMS, para o “imenso perigo para a saúde mundial” que representa o crescente aumento da resistência aos antibióticos, agora é a vez da UE enfrentar o problema.

Basta olhar para os números: a resistência aos antibióticos pode agravar os custos do combate às doenças infeciosas em mais de 1500 milhões de euros.

Segundo as projeções da OMS, o aumento da resistência aos antibióticos poderá provocar mais de 25 mil mortes por ano, o que levará esta causa de morte a superar a mortalidade provocada pelo cancro antes de 2050.

A UE aponta agora ao desenvolvimento de terapêuticas alternativas ao invés de procurar ‘corrigir’ os antibióticos atuais para que sejam eficazes face às novas estirpes de bactérias.

Ao apresentar as conclusões do primeiro estudo sobre a evolução dos antibióticos, Margaret Chan salientou que a resistência aos fármacos “atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo”.

De acordo com esse estudo, todas as pessoas podem um dia ser afetados por uma infeção resistente aos antibióticos.

A resistência a estes medicamentos ocorre quando as batérias evoluem e se tornam resistentes aos antibióticos utilizados para tratar as infeções, explicou Margaret Chan, acrescentando que o aumento da resistência tem origem em dois grandes fatores: um consumo excessivo e uma má utilização dos antibióticos.

Segundo a pesquisa, quase metade (44 por cento) das pessoas que participaram no inquérito (realizado pela OMS em 12 países e sem pretensão de ser exaustivo) pensa que a resistência aos antibióticos é um problema só para as pessoas que abusam dos antibióticos.

Dois terços dos inquiridos consideram que não existe qualquer risco de resistência aos medicamentos quando os doentes utilizam corretamente o tratamento antibiótico que lhes é prescrito.

“Na verdade”, contrapõe a OMS, “qualquer pessoa pode, a qualquer momento e em qualquer país, sofrer uma infeção resistente aos antibióticos”.

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