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Usaram sem-abrigo para falsa campanha solidária e lucraram 300 mil euros

Um sem-abrigo ajudou uma mulher aflita oferecendo-lhe o único dinheiro que tinha. Segui-se uma campanha solidária online que rendeu cerca de 300 mil euros. Descobriu-se, no entanto, que se tratou um estratagema montado, com os envolvidos a serem investigados e acusados de burla.

A história remonta há cerca de um ano atrás. Johny Bobbit, um sem-abrigo que comoveu os Estados Unidos e o mundo, ofereceu os últimos 20 dólares para Kate pôr gasolina no carro e voltar a casa.

A bondade de Bobbit originou uma milhares de partilhas nas redes sociais e deu lugar a uma campanha de solidariedade online: Kate e Mark D’Amico, o marido, conseguiram juntar mais de 300 mil euros.

Porém, a história foi agora descortinada.

Scott Coffina, procurador, afirmou que se tratou de “uma mentira premeditada” da tripla.

A investigação fez-se essencialmente sobre a análise de mais de 60 mil mensagens de texto, com uma delas, enviada uma hora antes da angariação, a chamar a atenção das autoridades.

Um amigo de Mark questionou-o sobre um possível esquema. “Tive que fazer alguma coisa para as pessoas se sentirem mal”, respondeu.

De acordo com a imprensa norte-americana, os três envolvidos conheceram-se um mês antes do caso, num local junto ao Casino SugarHouse, em Fishtown.

A burla não foi ainda completamente decifrada pelas autoridades, mas sabe-se que o plano era aproveitarem-se da boa vontade das pessoas.

Kate e Mark terão gasto grande parte do dinheiro em viagens, num carro, jóias e apostas de casino, sem haver referência a Bobby.

O sem-abrigo foi fundamental para este desfecho, ao queixar-se às autoridades de não ter recebido qualquer montante do acordo. Foi gasto em droga, alegou o casal num programa televisivo.

A verdade é que, de acordo com o procurador, havia “uma grande possibilidade” de os três escaparem se Bobby não tivesse apresentado queixa.

“Publicaram uma história que enganou muita gente”, acrescentou.

A plataforma usada para a angariação de fundos já garantiu que vai devolver o dinheiro doado.

Kate, Mark e Johny incorrem numa pena de prisão que pode ir dos cinco aos 10 anos.

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