Taxas moderadoras dos serviços de urgência e das consultas de especialidade aumentam já em setembro. Com esta medida, decidida ao abrigo do acordo com a troika, o Governo pretende ganhar margem de manobra para poder baixar a fatura nos Centros de Saúde. Mas baixa pouco.
Sem margem de manobra num orçamento curto, resta ao Governo onerar a fatura paga pelos cidadãos que recorram às urgências e necessitem de consultas de especialidade, para poder baixar nos custos dos utentes nos Centros de Saúde.
Com um lençol curto, o Ministério da Saúde ‘puxa’ de um lado para poder cobrir o outro. E assim as taxas moderadoras associadas ao serviço de urgências e consultas vão ficar mais caras a partir de setembro. Por outro lado, a fatura nas unidades de saúde familiar é reduzida, mas sem grande expressão.
Estas medidas resultam das negociações entre o Governo e a troika, que permitem reduzir a despesa do Estado no Serviço Nacional de Saúde. A Lusa divulgou o memorando de entendimento que define as medidas, das quais se destaca ainda uma “revisão substancial das categorias de isenção”.
Os beneficiários serão alvo de uma inspeção mais atenta, numa ação concertada entre os ministérios da Saúde e do Trabalho.
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