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Universidade do Porto: cortes colocam em causa a continuidade “entre as melhores do mundo”

universidade portoO reitor da Universidade do Porto critica os cortes previstos para o ensino superior, pois colocam em causa a qualidade do trabalho desenvolvido pela instituição: “significa que o país deixa de ter universidades entre as 500 ou as 300 melhores do mundo, entre as 100 da Europa”.

José Marques dos Santos, reitor da Universidade do Porto (UP), está preocupado com a iminente degradação dos edifícios e equipamentos da instituição. Isto porque a UP já dispensou 40 professores, depois de ter começado o ano com menos 10 milhões de euros, e torna-se “gravoso” ter de aplicar novos cortes depois do orçamento para 2013 ser diminuído em nove milhões de euros.

“Podemos não renovar mais alguns contratos com docentes convidados, mas já não há muito por onde cortar. Vamos deixar de fazer manutenção de edifícios, renovação de laboratórios, infraestruturas que vão ficar obsoletas porque não conseguimos renová-las, o que é mais gravoso do que cortar algumas disciplinas”, antecipou o reitor, em declarações à TSF.

O problema é que a qualidade da investigação só pode decair, dada a saída de professores e a degradação dos equipamentos. “Com estes cortes vamos ter que parar onde estamos e parar significa morrer. Em pouco tempo, significa que o país deixa de ter universidades entre as 500 melhores do mundo ou as 300 do mundo, entre as 100 da Europa. Se é isto que querem fazer às universidades estão no bom caminho”, comentou.

José Marques dos Santos considerou ainda que, mais importante do que aplicar cortes generalizados, é preciso reformar o sistema de ensino superior: “precisamos de racionalizar o nosso sistema de ensino superior. Temos 15 universidades e 15 politécnicos, ninguém ataca este problema. Há muita maneira de reorganizar o sistema sem perder qualidade”.

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