Um grupo de empresas está a pagar propinas a estudantes da Universidade de Aveiro (UA) para obter mão-de-obra qualificada de engenheiros físicos.
A escassez de mão-de-obra qualificada na área da engenharia levou 6 empresas – quatro portuguesas e duas multinacionais – a pagar propinas a seis estudantes do mestrado integrado da Universidade de Aveiro.
As empresas vão financiar as propinas do primeiro ano, num valor a rondar os 1000 euros. Este financiamento destina-se a alunos com as médias mais altas (a partir dos 14 valores) e pretende combater a escassez da mão-de-obra qualificada nesta área.
“Nos últimos anos verificou-se um crescimento no número de empresas regionais e nacionais que têm apostado em produtos de elevado valor acrescentado. Estas necessitam de profissionais com formação sólida em áreas científico tecnológicas e com capacidade de resolução de problemas e de desenvolvimento de produtos baseada numa análise dos processos base. Este tipo de perfil profissional não é frequente na maioria das graduações nacionais, pelo que o mercado revela escassez de profissionais com este perfil”, explicou João Miguel Dias, diretor do departamento de Física da UA ao Jornal de Negócios.
A Universidade de Aveiro explica que as razões desta medida se devem ao facto de a engenharia física ser uma das áreas de formação com maior empregabilidade.
O mesmo responsável conclui: “a qualidade científica deste departamento destaca-se a nível nacional, onde é o único que integra uma unidade de investigação excecional e três excelentes, segundo a recente classificação da FCT, e também internacionalmente, como demonstram os recentes prémios atribuídos aos seus investigadores assim como as publicações frequentes em revistas de grande fator de impacto”.