União de religiões contra a eutanásia manifesta oposição à legalização

O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, felicitou a união de várias religiões contra a Eutanásia considerando que este é um sinal que deve dar que pensar aos legisladores.

Manuel Clemente falava à agência Lusa na cerimónia de assinatura de uma posição conjunta de um documento desfavorável à Eutanásia, elaborado pelo Grupo Inter-Religioso de Trabalho para as questões da Saúde (GTIR/Saúde), que reúne representantes de mais de uma dezena de comunidades religiosas.

“Felicito muito a iniciativa que este grupo inter-religioso teve e aderi porque também acho importante que neste debate da sociedade portuguesa sobre a temática da vida, que as religiões se pronunciem”, disse adiantando que esta união dá que pensar aos legisladores.

Segundo Manuel Clemente, dá que pensar porque é que as religiões judaico-cristãs e outras que transportam sabedorias milenares e convergem em relação a este ponto.

“Quando pensamos à cerca da verdade sobre a humanidade e sobre a sociedade esta persistência de pensamento e esta coincidência temática é muito reveladora”, frisou.

No documento, hoje assinado em Lisboa, os signatários manifestaram a sua oposição à legalização da morte assistida em qualquer das suas formas, seja o suicídio assistido seja a eutanásia.

“Nós, comunidades religiosas presentes em Portugal, acreditamos que a vida humana é inviolável até à morte natural e perfilhamos um modelo compassivo de sociedade e, por estas razões, em nome da humanidade e do futuro da comunidade humana, causa da religião, nos sentimos chamados a intervir no presente debate sobre a morte assistida, manifestando a nossa oposição à sua legalização em qualquer das suas formas, seja o suicídio assistido, seja a eutanásia”, refere o grupo no texto conjunto.

O Grupo de Trabalho Inter-religioso para as questões da Saúde surge na sequência da aprovação pelo Estado Português do Decreto-Lei 253/2009 de 23 de setembro, que reconhece o direito dos doentes internados em estabelecimentos de saúde do Sistema Nacional de Saúde a serem assistidos espiritual e religiosamente por membros das suas comunidades religiosas de pertença.

Este grupo, que engloba as comunidades Islâmica, Israelita, Budista, Hindu e Bahá’í, as Igrejas Adventista, Ortodoxa e Católica, a Aliança Evangélica e o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC), tem como objetivo acompanhar o processo de aplicação da nova regulamentação.

O parlamento vai discutir a 29 de maio os quatro projetos, do PAN, BE, PS e PEV, sobre a morte medicamente assistida.

Lusa

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