Mundo

Uma mulher foi despedida após desligar aplicação que dizia (sempre) onde estava

myrna_arias

A empresa de Myrna Arias sabia onde ela estava a qualquer hora, em qualquer dia, devido a uma aplicação no iPhone. A mulher desligou a Xora e a Intermex despediu-a. Reclama uma indemnização de 500 mil dólares por violação da privacidade e retaliação.

Pode uma empresa, nos EUA, controlar a vida dos funcionários a qualquer hora e a qualquer dia, mesmo que seja um trabalhador esteja no período de descanso ou até de folga?

A resposta vai ser dada pelo tribunal depois de uma mulher, Myrna Arias, ter sido despedida de uma empresa por, alegadamente, ter desligado uma aplicação que informava a Intermex da sua localização, em qualquer altura.

A aplicação em causa chama-se Xora e a Intermex, uma empresa de transferência de dinheiro, entrega a cada funcionário um iPhone que tem de estar permanentemente ligado (mesmo durante a noite).

Essa aplicação envia a localização do smartphone a todo o momento: durante 24 horas por dia, durante sete dias por semana.

Segundo Myrna Arias, o patrão terá mesmo afirmado que podia saber a que velocidade um funcionário estaria a conduzir a viatura, inclusive fora do horário de serviço.

Apesar de “preencher todas as quotas” a que estava obrigada, Arias foi despedida três meses depois de ter entrado na empresa: curiosamente, logo após ter desligado a Xora.

Agora, a mulher, cujo salário mensal era de 7250 dólares (cerca de 6450 euros), acusa a Intermex de despedimento ilegal e reclama uma indemnização de 500 mil dólares (cerca de 444 mil euros) por invasão de privacidade e retaliação.

Segundo Arias, o patrão terá ainda admitido que a função GPS da aplicação está continuamente ligada, mesmo que a Xora seja configurada para funcionar durante um determinado horário.

A funcionária alega, no processo, que nunca manifestou qualquer problema em usar a aplicação durante o horário de trabalho: só recusa ser ‘vigiada’ quando não está ao serviço.

Em destaque

Subir