Vai ver duas mulheres abraçadas em grande plano, nesta fotografia. E verá dois homens: um respeita os padrões, o outro arrisca-se a ser olhado com repulsa. E é neste cenário que Nelson Felippe, do Rio de Janeiro, criou um post no Facebook, que se disseminou pela rede social. Perceba porque é que uma foto aparentemente banal viralizou e fez o mundo pensar, uma vez mais, sobre uma questão que não deveria ser fraturante.
“Não sou preconceituoso, acho que cada um faz o que quer da sua vida. Mas acho um absurdo eu ser obrigado a presenciar uma cena como essa. que cada um faz em particular é problema seu, mas o que se faz em público me diz respeito sim. E eu me recuso a ver uma cena como essa e considerar algo normal”, começa por escrever Nelson Felippe, num post que chegou a muitos países do mundo.
E prossegue: “Não desejo o mal de ninguém, mas as pessoas deviam se preservar. Estão desafiando as convenções sociais, e isso pode ser perigoso. Se depois acontece uma tragédia, ou pior, se alguém morre, vão colocar a culpa em quem? Em mim?”.
Para Nelson, “o pior de tudo é o exemplo para as crianças”. E conclui o enredo dando a volta ao texto:
“Como vai ficar a cabeça de uma criança que vê essa cena todo dia? As crianças vão achar que é normal esperar o metrô em cima da faixa amarela. Então, não faça como aquele cara ali. Siga o exemplo das meninas. Espere o metro ANTES da faixa amarela, e só cruze a faixa depois que o metrô estiver parado e com as portas abertas.”
Este utilizador do Facebook conseguiu, com ironia, abordar a temática da homofobia, apresentando uma visão tolerante.
A viralidade desta publicação representa o sentimento provocado pela mesma: uma vénia a Nelson Felippe.
Diversos órgãos de comunicação do Brasil pegaram nesta história.
E catapultaram-na para outros países.
A foto chegou a Portugal, também a França, Inglaterra, e parece viajar por todo o mundo.