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“Uma encenação. Costa tinha dito que Francisco Ramos sairia a bem ou a mal”

A saída de Francisco Ramos da coordenação do plano nacional de vacinação contra a covid-19 foi “uma encenação bem feita”, afirmou José Miguel Júdice.

O comentador e ex-bastonário dos advogados afirmou que Francisco Ramos tinha recebido uma ‘guia de marcha’ de António Costa, pelo que os casos de vacinação indevida no Hospital da Cruz Vermelha foram apenas “o pretexto” para a saída.

“Isto foi uma encenação bem feita. É evidente que ele não se foi embora por causa do que se passou na Cruz Vermelha. Até a mim, que sou pouco informado, chegou que o primeiro-ministro tinha basicamente dito que ou sai a bem ou sai a mal”, declarou Júdice, no comentário semanal para a SIC Notícias.

A prova de que foi encontrado “este pretexto” está no facto de Francisco Ramos continuar à frente da administração da Cruz Vermelha, onde o próprio encontrou casos de vacinação indevida, em vez de se manter na coordenação do plano de vacinação.

“Ele tinha de sair” devido à pressão de António Costa, insistiu o comentador: “Se não, é completamente absurdo que se mantenha na Cruz Vermelha e saia da ‘task force’”.

No entender de Júdice, Francisco Ramos nem sequer devia ter sido chamado à coordenação do plano de vacinação enquanto estivesse com outra função a tempo inteiro.

“É completamente absurdo que alguém, mesmo que estivesse no melhor da sua forma, tenha duas atividades em ‘full time’ para salvar da insolvência o Hospital da Cruz Vermelha, que está muito mal, e Portugal, porque se a vacinação corre mal a insolvência de Portugal é muito mais provável”, sustentou. “Não é possível funcionar assim, não é possível entregar isto de forma amadora… Ele devia trabalhar 70 horas em cada sítio por semana”, concluiu José Miguel Júdice.

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