Uma equipa de investigadores desenvolveu um sensor que detetará cancro através do hálito. O aparelho, criado no Japão, terá baixo custo e chegará ao mercado dentro de seis anos.
Cientistas japoneses acreditam que este equipamento será fundamental para o diagnóstico precoce.
Investigadores do The National Institute for Materials Science (NIMS), no Japão, criaram uma nova forma de detetar a possível presença de um cancro, através de um aparelho que apenas precisa da ‘informação’ fornecida através do hálito.
O novo aparelho, que poderá estar disponível no mercado dentro de seis anos, faz uma medição desses dados e consegue determinar detetar diferentes tipos de cancro.
O odor que emana da boca permite perceber que substâncias estão presentes no organismo e, desse modo, determinar se o indivíduo tem ou não a doença.
Os autores desta inovação acreditam que o sensor será tão popular como os tradicionais testes de gravidez que se vendem na farmácia e que dão uma resposta imediata.
O custo do sensor é reduzido (pouco mais de dois euros). O aparelho é composto por uma película com um chip, que recolhe, analisa e armazena informação. Um smartphone terá capacidade de fazer leitura desses dados.
Ao tornar-se esse diagnóstico mais fácil e acessível, as pessoas deixam de estar dependentes de uma ida ao hospital, podendo retirar as dúvidas mesmo antes de surgirem os primeiros sinais suspeitos da presença de um cancro.
Aliás, este é o objetivo deste instrumento de deteção de cancro através do hálito: a deteção precoce, porque quando o tratamento surge na fase inicial da doença, a cura é muito mais provável.
Ao mesmo tempo que deteta uma doença cada vez mais fatal, o aparelho pode também identificar outros problemas de saúde, desde diabetes a asma, passando por doenças do fígado ou dos rins.
Durante os próximos seis anos este sensor será aperfeiçoado, para fornecer dados ainda mais precisos do que aqueles que foram recolhidos durante a fase de testes.
Os investigadores querem também assegurar maior fiabilidade na deteção dos diferentes cancros, através da recolha de informação sobre especificidades dos tumores e na forma como se manifestam através do hálito.
O projeto envolve diversas empresas japonesas (Kyocera Corp, NEC Corp, Sumitomo Seika Chemicals) e outras universidades (Osaka University), além de uma empresa suíça de fabrico de equipamentos de precisão .