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Um sensor deteta o cancro da mama quando o nódulo é invisível

Uma equipa de investigadores da Unicamp criou um método que deteta o cancro da mama cerca de meio ano antes de surgir o nódulo. Dotado de 64 sensores, o pequeno aparelho denuncia um efeito que é sinal da doença: a concentração da proteína HER2.

Um trabalho inédito da Unicamp permite uma nova esperança no combate ao cancro da mama.

O estudo da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, no Brasil – deu um importante passo no sentido do diagnóstico precoce do cancro da mama, através de um procedimento inovador.

Esse método, inédito, consiste num dispositivo de pequenas dimensões (o tamanho de uma moeda) que tem 64 sensores incorporados.

Esse aparelho analisa o sangue e “transforma uma reação química em corrente elétrica”, segundo explica o site Globo. Depois, produz gráficos que demonstram a presença ou ausência de concentração de HER2. Quando essa proteína se multiplica, é um indicador que a pessoa tem cancro da mama.

O aparelho apresenta uma grande precisão e é capaz de encontrar a proteína, mesmo quando as “concentrações são baixas”, explica em declarações àquele site Cecília de Carvalho e Silva, da Unicamp.

“Meses antes de desenvolver o cancro de mama, a proteína começa a ser libertada no sangue. Depois, tentámos criar um dispositivo que fosse capaz de detetar essa proteína em concentrações baixas”, explica a investigadora.

O microship que está colocado no dispositivo é feito de grafito, em vez do tradicional silício, utilizado neste tipo de aparelhos.

Segundo os investigadores, a informação que produz permite antecipar o diagnóstico de cancro cerca de seis meses antes de aparecer o nódulo. Ou seja, as probabilidades de cura aumentam de forma exponencial.

Sabe-se que o cancro da mama é um dos menos letais, mas o diagnóstico precoce representa uma condição essencial para o sucesso do tratamento.

Este estudo da Unicamp também poderá ser útil em casos onde o paciente com cancro já está em tratamento de quimioterapia, analisando os níveis de concentração daquela proteína.

Desse modo, os médicos conseguem mais informação sobre o estagio em que o cancro de uma mulher se encontra.

Para chegar a este resultado, a Unicamp fez um estudo profundo nos últimos quatro anos, com uma equipa de engenheiros que criaram o microchip.

Um sistema de nanotecnologia é desenvolvido de forma a que não se verifiquem curtos-circuitos dos componentes.

O sistema também está preparado para ser adaptado a outros dispositivos, como smartphones, por exemplo.

“O aparelho pode ser utilizado num consultório médico, ou em casa do paciente”, explica o investigador Lauro Tatsuo Kubota.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o cancro da mama mata cerca de oito milhões de pessoas por ano.

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