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“Um programa onde não se veem medidas ao combate às desigualdades”, diz Jerónimo

O secretário-geral comunista reiterou hoje que o PCP terá uma “firme oposição” às “medidas contrárias” aos interesses de trabalhadores e povo, sublinhando que “todo o caminho de avanço” terá sempre “a intervenção decisiva” do partido.

Jerónimo de Sousa discursava no segundo dia do debate parlamentar sobre o programa de Governo do XXII executivo constitucional, na sua sessão de encerramento.

“É a partir do seu programa e projeto que o PCP desenvolverá a sua ação, iniciativa e proposta. Todo o caminho de avanço e de adoção de medidas que correspondam a direitos e aspirações dos trabalhadores e do povo contará sempre com a intervenção decisiva do PCP. Assim como todas as medidas contrárias aos seus interesses terão a nossa firme oposição”, garantiu.

O líder do PCP voltou a condenar o documento apresentado pelo executivo minoritário socialista porque nele “não se vê a cabal resposta aos problemas de fundo do país” e está “marcado estruturalmente pelas opções de política macroeconómica que estiveram presentes na ação do anterior Governo do PS”.

“Um programa onde não se veem medidas ajustadas ao combate às desigualdades, mas sim a manutenção de um quadro degradado de direitos laborais e de insuficiente valorização de salários e reformas. Não se vê a resposta que se impunha no plano do investimento (…), não se vê uma medida que recupere para o domínio público empresas privatizadas”, lamentou.

O secretário-geral comunista resumiu assim o programa de Governo: “suficientemente vago e de formulação redonda e abrangente para não se comprometer em concreto em muitas das suas áreas”.

“Um programa com formulações que indiciam soluções de sentido negativo ou até retrocessos nos domínios da administração pública, dos transportes, do ambiente, das creches, dos deficientes, do poder local, das Forças Armadas, entre outras”, enumerou.

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