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Um pinguim gigante que esperou 25 milhões de anos para se mostrar

Um pinguim gigante de há muito, muito tempo foi reconstruído por uma equipa de cientistas dos EUA. Um exemplar da espécie, extinta há 25 milhões, podia chegar aos 1,2 metros de altura, como se pode ver no ‘protótipo’ recriado ao fim dum período de 35 anos.

O pinguim Kairuku, palavra maori para ‘mergulhador que regressa com alimento’, foi extinto há 25 milhões de anos, mas uma equipa de cientistas da universidade estatal da Carolina do Norte, nos EUA, conseguiu recriar um exemplar utilizando ossos de pinguim-rei. Mas foram precisos 35 anos para terminar, com a precisão necessária, este exemplar de uma ave pré-histórica que impressionava pelo gigantismo

O investigador Dan Ksepka, um dos autores do artigo publicado no ‘Journal of Vertebrate Paleontology’, admite que o Kairuko seria a maior das cinco espécies comuns de pinguins que, há 25 milhões de anos, habitavam a Nova Zelândia, no período Oligoceno. Com um perfil “elegante para os padrões dos pinguins, com um corpo esguio”, bico alongado, patas robustas e asas de grande envergadura, o Kairuko podia passar dos 1,2 metros de altura, o que tornaria mais alto do que o atual pinguim-imperador.

O trabalho de investigação, agora finalizado por Ksepka e Paul Brinkman, teve início há 35 anos, com um esqueleto de pinguim-rei como base de trabalho e fósseis de Kairukos para descobertos ao longo do tempo. O primeiro foi encontrado pelo paleontólogo neozelandês Brian J. Marples na década de 40 do século passado, mas as reduzidas dimensões e o mau estado de conservação dos ossos não permitiram, sequer, a catalogação da espécie como diferente. Só em 1977, quando o também paleontólogo Ewan Fordyce encontrou esqueletos melhor preservados na ilha Sul (Nova Zelândia).

Os dois cientistas da universidade estatal da Carolina do Norte passaram três anos (de 2009 a 2011) na Nova Zelândia para orientar a reconstrução do Kairuku. “Esta espécie dá-nos uma imagem mais completa destes pinguins gigantes e pode ajudar-nos a determinar qual a sua distribuição geográfica durante o período do Oligocénico”, justifica Ksepka, numa explicação do valor científico da reconstrução.

“A localização era muito boa para os pinguins, em termos de alimentação e de segurança. A maior parte da Nova Zelândia estava debaixo de água naquela altura, deixando pequenas massas de terra isoladas, que mantinham os pinguins seguros em relação a potenciais predadores e que lhes providenciavam alimento abundante”, reforçou o investigador.

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