Um padre contratou quatro homens para assassinar um bispo, em 2005, no Quénia. Um tribunal de Nairobi sentenciou os cinco homens à pena de morte, mas está já anunciado um recurso. Desde 1987 que no país não é executado um condenado.
Um pecado mortal fez com um padre católico fosse, hoje, condenado à morte, no Quénia.
De acordo com um tribunal de Nairobi, o clérigo Guyo Wago não respeitou o mandamento “não matarás” quando, em 2005, contratou quatro homens para assassinar uma pessoa.
Apesar dos cinco arguidos se terem declarado inocentes, o tribunal deu como provado que foram os autores materiais (os quatro coarguidos) e moral (o padre) do assassinato de Luigi Locati, o italiano que, à data, era o bispo de Isiolo, de 77 anos de idade.
“O padre católico Guyo Wago e quatro outros foram condenados à morte pelo homicídio do bispo da diocese de Isiolo, Luigi Locati”, referiu, em comunicado, o Ministério Público (MP) do Quénia.
Os juízes aceitaram como válida a teoria do MP, que acusava Mohammed Molu Bagajo, Aden Ibrahim Mohamed, Mahati Ali Halake e Roba Balla Bariche de terem assassinado o bispo no interior da igreja de Isiolo, a mando do padre.
O motivo foi o pecado da luxúria: Guyo Wago pretenderia assumir o poder na diocese, uma das mais ricas do Quénia, após a reforma do bispo italiano.
A sentença não é definitiva: existe uma possibilidade de recurso e os advogados de defesa já admitiram que vão avançar.
A última vez que a pena de morte foi aplicada no Quénia ocorreu em 1987.