Um padre católico de origem indiana, de 56 anos, foi crucificado pelo Daesh, na passada sexta-feira. Thomas Uzhunnali, que cumpria missão no Iémen, tinha sido sequestrado por jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico no início de março, altura de um ataque a um asilo, onde outras quatro freiras foram mortas.
Os terroristas do Daesh crucificaram o pároco, como forma de ridicularizar uma comunidade iemenita, na sexta-feira Santa, numa altura em que se celebra a Páscoa.
Thomas Uzhunnali exercia numa comunidade na cidade de Aden, a sul do Iémen, onde estava montado um asilo.
Os jiadistas do Daesh terão atacado o local dias antes, sendo que há relatos de morte de cerca de 20 pessoas, entre as quais quatro freiras. A igreja onde a missão era desempenhada pelo padre tinha sido destruída pela organização terrorista.
Os jiadistas pretendiam que os missionários saíssem do país, durante as operações de tomada de assalto da cidade.
O padre e os restantes religiosos que estavam em missão recusaram deixar o local e terão sofrido represárias.
Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, revela que o padre Thomas Uzhunnali foi torturado e crucificado, juntando-se à lista cada vez mais extensa de vítimas dos ataques a cristãos no Iémen.
O Papa Francisco tomou conhecimento deste ataque e, de acordo com relato de Schönborn, ficou “profundamente chocado” com o ato.
Em guerra civil, o Iémen é palco de uma luta de território, há pelo menos dois anos, com jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico a praticar crimes hediondos.
O presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, fugiu do país e pediu exílio na Arábia Saudita.
Aden é a capital temporária do Iémen, depois de a capital oficial Sanaa ter sido dominada pelos rebeldes, em 2014.